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Novos surtos de coronavírus na Espanha suscitam temores de ‘segunda onda’ na Europa

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A Espanha está adotando medidas para conter o novo aumento nos casos de coronavírus, em meio a temores de uma “segunda onda” mais prolongada.

A Catalunha proibiu o funcionamento de bares e discotecas à noite pelas próximas duas semanas e outras cidades e regiões também estão testemunhando surtos.

O Reino Unido anunciou no sábado (25) que quem voltar da Espanha para o país terá que se isolar por 14 dias. A Noruega tomou medidas semelhantes e a França emitiu um alerta de viagem.

A França e também a Alemanha têm visto um aumento nos casos, enquanto outros países lutam para alcançar um equilíbrio entre conter novos surtos e reabrir a economia.

O aumento no número de casos de coronavírus na Europa reflete uma tendência global. Nos últimos dois dias, foram 280 mil novas infecções, um recorde.

“Embora nenhum país esteja livre desse fenômeno, o aumento de casos é alimentado por altas taxas de infecção em países densamente povoados das Américas e do sul da Ásia”, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) em comunicado.

Até o último sábado (25), mais de 15,7 milhões de casos foram confirmados em todo o mundo, além de mais de 640 mil mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

Apenas um mês após a Espanha encerrar o estado de emergência, cidades como Barcelona, Zaragoza e a capital, Madri, viram um aumento de novas infecções, o que levou o governo a avisar que uma segunda onda pode ser iminente.

O governo da Catalunha anunciou que bares noturnos e discotecas da região terão que fechar por duas semanas.

O Ministério da Defesa espanhol também está implementando um sistema de rastreamento de alerta precoce para evitar o aumento de casos no Exército.

Já o Ministério da Saúde do país registrou mais de 900 novos casos apenas na sexta-feira (24). Um time de futebol da segunda divisão, Fuenlabrada, agora tem 28 casos confirmados.

Especialistas dizem que a maior preocupação é o contágio entre jovens, uma vez que eles se reúnem à noite em grandes grupos nas cidades.

Em entrevista à BBC, o epidemiologista Daniel López-Acuña disse que a idade média dos infectados pode aumentar “porque os jovens transmitem o coronavírus para o restante da casa, e certamente para os idosos”.

O Reino Unido anunciou que cidadãos que retornam da Espanha devem se isolar por 14 dias a partir de domingo (26).

Isso inclui as Ilhas Baleares e as Ilhas Canárias, embora esses destinos não estejam incluídos no último alerta geral do governo britânico, que recomenda evitar viagens não essenciais à Espanha continental.

A Noruega também alertou que começará a colocar em quarentena as pessoas que chegam da Espanha, enquanto a França recomenda que seus cidadãos não viajem para a Catalunha.

A Bélgica proibiu viagens para as cidades de Huesca e Lleida, com recomendações para não viajar para outras áreas da Espanha.

Uma porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Espanha afirmou que o país está seguro, com surtos localizados, isolados e controlados.

A maioria dos países europeus está observando aumentos de casos e surtos. No entanto, querem manter suas economias funcionando e esperam que uma possível segunda onda seja limitada a determinadas regiões.

A Bélgica reduziu o nível de flexibilização de sua reabertura em meio a um aumento acentuado de casos.

A Itália está isolando há duas semanas pessoas da Romênia e da Bulgária, depois que alguns casos vieram desses dois países.

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, disse que pessoas de 16 países onde o vírus circula amplamente serão testadas para o coronavírus in situ.

O Ministério da Saúde francês informou que agora existem mais de mil novos casos diários em hospitais.

Por seu lado, a Alemanha informou que implementará testes obrigatórios para turistas que retornam de destinos de alto risco após as infecções atingirem um recorde em dois meses.

Quais são os aumentos globais?

A curva de novos casos de coronavírus ainda está subindo de forma preocupante, diz a OMS, com mais de 250 mil novos casos nos últimos três dias até sexta-feira (24 de julho).

Uma grande preocupação é a Índia, onde já existem 1,3 milhão de casos confirmados — 100 mil deles nos últimos dois dias — e onde especialistas temem que o pior ainda esteja por vir.

Outros desdobramentos:

No sábado, o presidente Jair Bolsonaro anunciou no Facebook que testou negativo para a covid-19, duas semanas depois de ser diagnosticado com covid-19. Ele atribuiu sua recuperação à hidroxicloroquina, um medicamento antimalárico cuja eficácia contra o coronavírus não foi comprovada. As celebrações do Ano Novo no Rio de Janeiro, que atraem milhões de pessoas, foram canceladas.

O Vietnã está em alerta máximo depois de detectar seu primeiro caso de contágio local em cerca de três meses: um homem de 57 anos na cidade central de Danang. Mais de 10 mil profissionais de saúde contraíram a doença na África desde o início da pandemia, segundo a OMS. Hong Kong registrou seu maior número de novas infecções em um único dia no sábado : mais de 130, com medidas de distanciamento social reforçadas.

Os casos importados elevaram o número de infecções na Coreia do Sul para níveis nunca vistos desde março. O vírus também está em ascensão no Japão, que registrou seu maior número de novos casos nesta semana

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