O Procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu, nesta quarta-feira (27), a suspensão do inquérito aberto no ano passado para investigar “ataques e fake news contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e seus ministros. De acordo com Aras, o Ministério Público Federal (MPF) foi surpreendido com a ação deflagrada contra blogueiros, políticos e empresários.
Nas primeiras horas do dia, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, a Polícia Federal cumpriu 39 mandados de busca e apreensão contra blogueiros como Allan dos Santos e Sara Winter. Deputados bolsonaristas, como Carla Zambelli, Bia Kicis e Felipe Barros foram intimados a prestar depoimento.
Eles são suspeitos de envolvimento com o chamado Gabinete do Ódio, criado para promover ataques contra opositores do governo e instituições. Empresários como Luciano Hang, dono das lojas Havan, são acusados de financiar o movimento.
Aras se manifestou em uma ação apresentada pela Rede Sustentabilidade, que no ano passado pediu que o inquérito seja suspenso. De acordo com Aras, a procuradoria foi “surpreendida” com as ações realizadas pela PF, “sem a participação, supervisão ou anuência prévia do órgão de persecução penal”. Ele declara que o fato necessita a importância de se garantir a segurança jurídica “com a preservação das prerrogativas institucionais do Ministério Público de garantias fundamentais, evitando-se diligências desnecessárias, que possam eventualmente trazer constrangimentos desproporcionais”.