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Carlos César Floriano da VMX celebra estimativa de aumento 16,8% na produção do café

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou na terça-feira, 18 de janeiro de 2022, o primeiro levantamento da safra de café em 2022 com a produção esperada de 55,7 milhões de sacas de 60 quilos. Conforme informações do CEO do Grupo VMX, Carlos César Floriano, “Neste ano os agricultores de café deverão colher a terceira maior safra deste grão”, avalia.

Caso a estimativa, seja confirmada, representará um acréscimo de 16,8% em comparação ao período anterior, o que de certa maneira já era esperado, visto que em 2021 foi o ano da bienalidade negativa para a cultura. O saldo só não deve ser melhor do que registrado nos anos de 2020 e 2018, as duas safras recentes de bienalidade que se mostraram positivas.

A diminuição na produção deste ano em relação a 2020 reflete as condições climáticas adversas registradas no Paraná, São Paulo e Minas Gerais, principalmente em julho e agosto de 2021, que influenciaram as condições fisiológicas dos cafezais, por este motivo a produção, principalmente da variedade Arábica, não deve apresentar todo o seu potencial. Mesmo assim, a produção dessa variedade de café deve aumentar 23,4% em relação à safra anterior, estimada em 38,7 milhões de sacas.

Já para o café da variedade Conilon, a produção deve bater um novo recorde, aproximando-se de 17 milhões de sacas. Com um crescimento de 4,1% em relação à safra anterior, a área projetada aumentou 3%, de 375,2 mil hectares para 389,1 mil hectares, com um leve acréscimo na produtividade de 0,4%, de 43,4 sacas colhidas por hectare para 43,6 sacas colhidas por hectares.

Carlos César Floriano explica a área plantada

Considerando somente as duas variedades de café, a Arábica e a Conilon, os plantios de café totalizaram 2,23 milhões de hectares, um aumento de 1,7% em relação ao ciclo anterior. Avaliando apenas as lavouras em produção, o índice está praticamente estável, um aumento de 1,824 milhão de hectares em relação ao período do ano de 2020. Por outro lado, a área de formação deve aumentar 6,4%, ou seja, para 416,7 mil hectares.

Ao comparar com 2020, último ano de atividade da bienalidade, a região com produção não registrada aumentou em 50%. Esse alto crescimento na área de formação é indicativo do impacto das condições climáticas adversas registradas no ano passado. A seca e as baixas temperaturas exigem um manejo mais rigoroso da poda, resultando em produção significativa de café apenas quando colhido em 2023 ou 2024.

Funcafé e o mercado

Apesar das condições climáticas, o setor mostrou dinamismo e destacou o apoio aos produtores, por exemplo, o Fundo da Lavoura Cafeeira (Funcafé), que disponibilizou 76% de seus recursos totais aos agentes financeiros, que podem ser repassados ​​aos produtores. O banco já possui 4,5 bilhões de reais efetivamente aplicados e, destes, 4 bilhões de reais principalmente para financiamento, comercialização, que é a linha de produtos mais procurada atualmente.

No início do ano, a oferta de café no mercado interno estava limitada devido aos cortes de produção em 2021, à forte demanda de exportação e ao período de entressafra. Mesmo com a maior produção estimada do país em 2022, os preços do produto continuam pressionados, já que os estoques mundiais de café devem cair no ciclo dos anos de 2021 e 2022. Este cenário de alta de preços estimula especialmente as exportações.

 

Assessoria

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