Jair Bolsonaro mentiu, na segunda-feira (27/2), ao sair em defesa dos terroristas do 8 de janeiro. Nos Estados Unidos, o ex-presidente disse que não foi encontrado “um canivete sequer” com os extremistas, que chamou de “chefes de família, avós”, o que é falso.
“Nós temos agora, vai completar dois meses, 900 pessoas presas, tratadas como terroristas. Que não foi encontrado, quando foram presos, um canivete sequer com elas. E estão presas. Chefes de família, senhoras, mães, avós”, disse Bolsonaro.
Na verdade, policiais militares, civis e federais apreenderam bem mais do que um canivete nas invasões terroristas das sedes dos Três Poderes. A lista inclui machados, machadinhas, facas, canivetes, facões, porretes, estilingues com esferas de aço, gás lacrimogênio, rojões e explosivos. As informações foram formalizadas e enviadas à Justiça.
Em uma das denúncias, em 16 de janeiro, a Procuradoria-Geral da República afirmou que os golpistas que saquearam o Senado atuaram para ferir os policiais legislativos. Arremessando “objetos contundentes, como pontas de aço, paus, pontas chumbadas e diversos itens do mobiliário da Casa Legislativa. Foram apreendidos também itens como um machado com cabo de fibra de vidro emborrachado, um canivete preto e uma faca esportiva de camping, caça e selva”.
Nesta segunda-feira (27/2), a PGR denunciou mais 80 pessoas por participação nos atos golpistas. No total, já são 912 denunciados por diversos crimes graves, como associação criminosa armada e golpe de Estado.
Bolsonaro também propagou informações falsas quando disse que seus apoiadores foram detidos injustamente porque eram “chefes de família”, insinuando que eram pessoas corretas.
Uma senhora detida ao ser flagrada vandalizando o STF já foi condenada por tráfico de drogas com envolvimento de jovens. “Dona Fátima, 67 anos, de Tubarão, Santa Catarina, tá quebrando tudo!”, comemorou um golpista. Vestida com bandeiras do Brasil, Maria de Fátima Mendonça vibrou e bradou, além de ameaçar ministros do Supremo: “Quebrando tudo e cagando nessa bosta aqui! É guerra!”.
Metrópoles
