A arrecadação do governo federal fechou 2021 com aumento real de 17,3% em relação a 2020, a R$ 1,8 trilhão, com o melhor desempenho arrecadatório desde 2000, para o período acumulado, divulgou a Receita Federal nesta terça-feira (25). O processo de recuperação econômica, apesar dos efeitos da pandemia de Covid-19 no período, é um dos fatores apontados pela Receita para o resultado positivo.
Em dezembro, a arrecadação registrou variação positiva de 10,76% em relação ao mesmo mês de 2020, a R$ 193,9 bilhões, também o melhor resultado desde 2000, assim como os meses de de fevereiro, março, abril, maio, julho, agosto e setembro de 2021.
A arrecadação de 2020 havia fechado em queda real de 6,91%, a R$ 1,479 trilhão, com os efeitos negativos da crise econômica em decorrência da pandemia da Covid-19.
Em novembro de 2021, a alta real havia sido de 1,41% sobre igual mês de 2020, com R$ 157,340 bilhões. O resultado foi o maior para o mês desde 2014 (R$ 157,5 bilhões), conforme série da Receita corrigida pela inflação.
A Receita Federal destacou o recolhimento extraordinário de R$ 40 bilhões em IRPJ (Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas) e na CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) em 2021. Por outro lado, o fisco destacou o crescimento de 14,41% das compensações tributárias no ano passado, chegando a R$ 216,3 bilhões, ante R$ 189,1 bilhões de 2020.
O secretário especial da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, destacou que o bom resultado da arrecadação federal em 2021 se deve à retomada da economia e lucratividade das empresas no ano passado.
“O aumento da arrecadação em 2021 é muito expressivo. Há muito o que comemorar, considerando que ainda estamos em meio a uma pandemia. Tivemos aumento expressivo em tributos sobre lucros e rendimentos das empresas e também no imposto de renda de pessoas físicas”, avaliou Gomes. “Os dados de janeiro também apontam retomada crescente em 2022”, completou.
R7