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Brasil adota estratégia rigorosa e transparente para conter avanço da gripe aviária

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Comunicado oficial destaca medidas sanitárias adotadas contra surto de gripe aviária. O Governo Federal do Brasil está reforçando o controle técnico e os protocolos internacionais de contenção necessários para estes casos específicos. As vendas internacionais de carne de aves estão sendo impactadas, por este motivo, as autoridades estão priorizando as respostas rápidas. Para Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX, “A meta é regionalizar os casos para evitar restrições comerciais mais amplas no setor”, explica.

O Brasil reafirmou, nesta segunda-feira, 19 de maio de 2025, sua postura firme e transparente no enfrentamento à gripe aviária de alta patogenicidade após a identificação de um foco da doença em aves comerciais.

Em uma coletiva de imprensa conduzida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária(Mapa), foram divulgadas ações emergenciais para controlar a situação e manter a confiança internacional na sanidade da produção avícola brasileira.

“O posicionamento oficial ressaltou a capacidade técnica do sistema sanitário brasileiro, com foco em estratégias de contenção localizadas”, diz Carlos César Floriano.

Segundo as autoridades, o objetivo central é demonstrar a eficácia das medidas de controle para garantir que parceiros internacionais considerem a adoção de barreiras regionais, em vez de suspensões generalizadas de importações.

Carlos César Floriano e a estrutura sanitária em outros países

A lógica por trás dessa estratégia é similar à adotada por países com reconhecida estrutura sanitária, como França e Estados Unidos.

A contenção rápida do vírus na área afetada e a comprovação do fim do surto permitem que os demais estados e regiões mantenham a fluidez das exportações, reduzindo impactos econômicos mais amplos.

O Mapa informou ainda que o processo de desinfecção da segunda propriedade acometida já está em fase conclusiva. Assim que esse trabalho for finalizado, inicia-se oficialmente o chamado “marco zero” — ponto de partida para o ciclo de 28 dias sem novos casos exigido pelos protocolos internacionais.

Se o país passar por esse período sem o surgimento de novas ocorrências, poderá declarar a área livre da enfermidade, o que favorece diretamente a retomada plena das exportações.

O rigor técnico na execução dos protocolos foi enfatizado pelas autoridades. Além da atuação no campo, o governo mantém um canal constante de comunicação com países importadores para garantir transparência nas ações adotadas e reforçar a confiança internacional nos produtos de origem animal do Brasil.

“Ainda que a gripe aviária tenha provocado a suspensão temporária das exportações de carne de aves por parte de 20 países, o cenário não é de colapso”, destaca Carlos César Floriano.

O agronegócio voltado à exportação tem mostrado capacidade de adaptação, buscando novos destinos para seus produtos e, assim, reduzindo os impactos financeiros causados pelas restrições temporárias.

O Brasil mantém acordos sanitários com cerca de 160 países e, por isso, cada passo na contenção do surto é meticulosamente documentado. A meta das autoridades sanitárias é garantir que o país seja reconhecido como capaz de lidar com episódios como este de forma técnica, responsável e eficaz.

Enquanto isso, equipes do Ministério da Agricultura seguem em alerta, monitorando a situação em tempo real e adotando medidas preventivas para evitar a propagação do vírus para novas regiões.

Segundo Carlos César Floriano, “A expectativa é de que, com o cumprimento rigoroso dos prazos e a ausência de novos casos, a normalidade possa ser restabelecida nos próximos dias”, enfatiza.

Para compreender melhor o contexto, é importante esclarecer que a gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres. Causada por subtipos do vírus Influenza A, ela pode provocar quadros graves e morte rápida em aves infectadas.

A transmissão entre aves ocorre principalmente por meio de secreções respiratórias ou contato com fezes contaminadas.

Embora seja rara a transmissão direta para seres humanos, surtos em plantéis comerciais costumam gerar impactos significativos na economia, exigindo respostas sanitárias imediatas e coordenadas entre produtores, governos e organismos internacionais.

Fonte: VMX Agro

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