A ex-presidente da República Dilma Rousselfcomentou nesta terça-feira (17), em seu Twitter, a afirmação do ex-presidente Michel Temer de que ele “não apoiou o golpeâ€, em clara referência ao impeachment, que aconteceu em 2016.
“Michel Temer cometeu ontem novo ato de sincericÃdio, no Roda Viva. Admitiu que eu sofri um golpe de Estado e disse que se Lula tivesse ido para o meu governo não teria havido o impeachmentâ€, escreveu a ex-presidente em seu Twitter, ao lado de vÃdeo com a declaração de Temer.
A fala de Temer ocorreu nesta segunda, (16), durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, em que foi convidado. Para o emedebista, um telefonema feito pelo ex-presidente Lula comprova que ele não era “adepto ao golpeâ€.
Dilma também escreveu que “Temer não disse, contudo, que o Golpe de 2016 foi para enquadrar o Brasil no neoliberalismo†e completou dizendo que Temer não fez nenhuma menção a seus dois auxiliares mais próximos Moreira Franco e e Eliseu Padilha. “A Ponte para o Futuro é a matriz do programa de governo de Bolsonaroâ€, finalizou.
Afinal, foi golpe?
Entre 2015 e 2016, no auge do processo de impeachment, diversos partidos polÃticos, em sua maioria de esquerda, e entidades, taxaram a saÃda de Dilma Rousself da presidência de “golpeâ€. Na época, um manifesto do MST intitulado de Manifesto em Defesa das Instituições Democráticas chegou a ser criado e assinado por 480 personalidades, entre elas Chico Buarque, Wagner Moura e Osmar Prado.
Do outro lado, crÃticos ao governo petista diziam que a visão de golpe era absurda. A deputada estadual de São Paulo, Janaina Paschoal (PSL), foi uma das relatoras responsáveis pelo processo de impeachment. “Muito embora eu esteja convicta de que estou agindo certo, reconheço que minhas atitudes podem gerar sofrimentoâ€, disse a deputada na época do impeachment.