Em discurso nesta terça-feira (15) na Câmara, a deputada federal Professora Rosa Neide (PT) chamou a atenção para o uso excessivo de agrotóxicos no Brasil e em Mato Grosso. A parlamentar denunciou os mais de 1700 agrotóxicos liberados no País, recentemente, e a tentativa do governo federal de abrir ainda mais a porteira, com a aprovação do PL do veneno (3269/2002).
“Mato Grosso é o estado que mais produz grãos no País e que mais cria gado, mas muitas pessoas não tem consciência e plantam até no limite da zona urbana dos municípios e pulverizam agrotóxicos sobre as cidades, com o uso de aviões”, denunciou.
A parlamentar citou registros de pessoas “mutiladas, crianças com problemas graves de saúde, índices alarmantes de câncer e mães com agrotóxicos no leite materno, tudo isso causado pelo uso excessivo de agrotóxicos”, disse.
“É uma vergonha que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não se pronunciei e o governo incentive cada vez mais uso de veneno na agricultura”, afirmou Rosa Neide.
Ela citou ainda que durante as próximas semanas ocorrerá no País mobilizações online, contra a aprovação do PL do veneno (3269/2002). Denominada de “mobilização nacional contra os agrotóxicos e pela vida”, a campanha chamará a atenção para a importância de se barrar o PL.
Programação
A mobilização foi lançada nesta terça-feira (15) por parlamentares, pesquisadores e representantes de entidades como a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida. Serão quatro semanas seguidas de debates virtuais às terças-feiras, das 10h às 12h, com contribuições científicas e das famílias de agricultoras e organizações sociais que constroem a agroecologia.
Os encontros online serão transmitidos nas redes sociais da deputada Rosa Neide e demais parlamentares federais, nos dias 15/06, 22/06, 29/06 e 06/07.
A intenção dos organizadores é chamar atenção da sociedade e do Congresso para impedir a votação do PL do veneno, exigir a redução do uso de pesticidas na agricultura brasileira, bem como impedir a venda em nosso País de agrotóxicos proibidos na Europa.
Fonte: Assessoria