O Ãndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA, que mede a inflação oficial no paÃs, caiu 0,04% em setembro, segundo divulgação feita nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE).
Esse é o menor resultado para o mês desde 1998. No mês anterior, havia ficado em 0,11% (a mais alta para aquele mês desde 2017). Em setembro de 2018, a taxa foi de 0,48%.
No acumulado do ano, o IPCA registrou 2,49% e, nos últimos 12 meses, ficou em 2,89%.
O Ãndice segue abaixo da meta oficial para o ano, que é de 4,25%. Para 2020, a meta é que a inflação termine em 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos.
A expectativa do mercado medida semanalmente pelo Boletim Focus, do Banco Central (BC), é que o Ãndice termine em 3,42% no acumulado de 2019 e em 3,78% em 2020.
“Este valor reafirma a perspectiva que o BCB deve levar a taxa básica SELIC para 4,50% como projetado por nós e por parte ainda diminuta do mercado. Vale notar que nos EUA a perspectiva continua de baixa de juros e isto força a curva como um todo para baixo por aquiâ€, comenta André Perfeito, economista-chefe da corretora Necton.
Alimentos e bebidas ajudam
Segundo Instituto, a queda na inflação verificada em setembro foi puxada, principalmente, pela redução de 0,43% nos preços dos alimentos e bebidas, que caÃram pelo segundo mês seguido.
“O grupo alimentação e bebidas já tinha apresentado queda em agosto, de -0,35%, que se intensificou para -0,43%, pressionada pela desaceleração da alimentação fora de casa, associada à queda na alimentação no domicÃlio, que caiu pelo quinto mês consecutivoâ€, explicou o gerente do IPCA, Pedro Kislanov, em nota divulgada pelo IBGE.
A alimentação fora de casa desacelerou de 0,53% em agosto para 0,04% em setembro, devido à variação de -0,04% no item refeição, destaca o Instituto.
Já a alimentação no domicÃlio teve queda de 0,70% nos preços, com destaques para o tomate (-16,17%), a batata-inglesa (-8,42%), a cebola (-9,89%) e as frutas (-1,79%).
O grupo habitação – que havia puxado a alta do IPCA em agosto, por conta, principalmente, da entrada em vigor da bandeira vermelha nas contas de luz – desacelerou de 1,19% naquele mês para 0,02% em setembro.