O juiz da comarca de Tabaporã suspendeu o júri popular do suspeito de assassinar Adriana Gonçalves Ferreira, 36 anos, e a mãe dela, Cleide Camporezi Ferreira, 61 anos, em julho de 2016, em Tabaporã. O julgamento que seria no próximo dia 02 de abril será realizado em nova data ainda sem previsão.
O adiamento foi em decorrência das medidas temporárias de prevenção no contágio pelo COVID-19”, entre 20 de março e 20 de abril.
O juiz também analisou a prisão preventiva do réu, em razão da pandemia de coronavírus. Para o magistrado, além de o caminhoneiro não estar no grupo de risco, “não se vislumbra impedimento ou empecilho ao regular exercício dos direitos constitucionais à vida, saúde e dignidade da pessoa humana, em face do surgimento da referida doença viral, eis que igualmente priorizado e aderido medidas de prevenção nas unidades penais e cadeias públicas de todo o Estado de Mato Grosso”.
O duplo homicídio ocorreu em uma residência localizada na rua Oscar Kunio Kawakami, no centro de Tabaporã. As vítimas foram atingidas por várias facadas, não resistiram aos ferimentos e faleceram no local. Elas foram encontradas mortas por um parente, que acionou a PM.
Após conversar com familiares das mulheres, os militares se deslocaram até a residência do ex-namorado de Adriana, na rua Ari Zendron, uma vez que ele havia sido apontado como possível suspeito. No local, os policiais encontraram o acusado, com as mãos ensanguentadas e o prenderam.
Segundo a PM, o homem estava “transtornado” e confessou o crime, sem dar muitos detalhes sobre a motivação. Em uma das versões contadas, ele afirmou apenas que discutiu com Adriana e a esfaqueou. Cleide teria “entrado na briga” e acabou atingida por golpes de faca também. O acusado foi conduzido para o presídio de Porto dos Gaúchos (248 quilômetros de Sinop).
As vítimas eram moradoras de Tabaporã. Adriana trabalhava como recepcionista no Fórum e Cleide era aposentada.