A Justiça decidiu mandar a júri popular dois suspeitos de envolvimento na morte de Cleiton Tarciso da Silva, de 31 anos. Ele foi assassinado a facadas em agosto do ano passado em Porto dos Gaúchos. Uma mulher que também era acusada pelo crime não será julgada, conforme a decisão.
Além de outros elementos, o juiz Fabrício Savazzi Bertoncini levou em consideração a confissão de um dos réus em depoimento à Polícia Civil. Ao ser preso, o suspeito contou que ele e o comparsa tiveram um desentendimento com a vítima e que, por isso, decidiram assassiná-la. Conforme essa versão, um teria segurado Cleiton e o outro desferido os primeiros golpes de faca. Em seguida, o que estava segurando também teria ajudado a esfaquear a vítima
“Em que pese os réus tenham permanecido em silêncio durante o interrogatório judicial, fato que não pode ser utilizado para prejudicá-los, como dito alhures, é certo que o corréu narrou, em sede inquisitorial, que levaram a vítima até o local onde seu corpo foi encontrado. A confissão inquisitorial do réu, como já mencionado, está corroborada pela ampla prova trazida aos autos”, comentou o magistrado.
Os dois acusados serão julgados por homicídio qualificado, cometido de maneira cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Eles deverão continuar na cadeia até o julgamento.
Na mesma decisão, o juiz decidiu impronunciar uma mulher que tinha sido presa na época, após fugir em companhia de um dos acusados. Para o magistrado, não ficou comprovada a participação dela e, portanto, não havia razão para mandá-la a julgamento. Desde a época dos fatos, ela era monitorada por tornozeleira eletrônica, que agora deve se retirado.
Fonte: Redação do Porto Noticias