Às vezes, permanecemos inertes às possibilidades que a vida nos proporciona e aos caminhos que podemos trilhar, talvez por medo de encararmos o desconhecido, pois estamos habituados à nossa zona de conforto.
E o desconhecido se torna algo inimaginável e assustador, fazendo com que aceitemos a condição em que estamos; mudar já não faz sentido.
É confortável permanecer em lugares cercados por quem amamos, por estar próximos ao que consideramos essencial para nossa sobrevivência. Nós nos habituamos com o incomum, assim como nos habituamos com o excesso. Não estamos agindo de maneira errônea ao adquirirmos tal postura; aliás, nos adaptamos a vários estilos de vida.
Existem aqueles que consideram o minimalismo uma forma bem-sucedida de viver. Há, ainda, os que vivem de maneira despojada, considerando tal estilo de vida muito bom.
Porém, existe uma imensidão de possibilidades e novos caminhos que podemos trilhar quando resolvemos abrir o leque, olhar por outro ângulo, desbravar o desconhecido e encarar os desafios, saindo de nossa zona de conforto.
Quando decidimos enfrentar nossos medos, percebemos que somos capazes de ir muito além do que nossa imaginação pode nos levar. Para isso, precisamos tomar decisões.
Sair da nossa zona de conforto exige coragem, ousadia, confiança, determinação, fé, carisma etc. Entretanto, nos proporciona desfrutar de coisas incríveis: sentir os ares de outros lugares, os perfumes de outras flores, os aromas e sabores de outros frutos, os sorrisos de outras faces. Enfim, quando fazemos isso, podemos nos conectar com outras maneiras de apreciar as coisas boas da vida.
Pensar em outras possibilidades é desafiador; esse desafio nos impulsiona a indagar-nos sobre movermos ou permanecermos inertes. O pensamento, em si, é uma forma também de ir ou ficar.
Mudanças, muitas vezes, trazem consigo um traçado doloroso. Não mudar é mais doloroso ainda.
O mundo é um leque aberto; há inúmeras possibilidades de coisas boas ou ruins. Sempre haverá um lado para escolhermos, e as escolhas que fazemos têm consequências. Aqui também nosso cérebro pode nos pregar uma peça, pois consequências são o resultado de nossas ações. Por medo, permanecemos inertes. Encaramos o medo, movemos e trazemos mudanças incríveis em nosso meio. O ser humano está em constante evolução. Evoluir é sair da inércia. Como dizia Heráclito: “A única constante é a mudança”. A mudança nos trará novos caminhos e novas possibilidades.
Por: Rose Correia.
