Amilson Santos Pereira, que se intitulava “repórter do povo”, e gravava vídeos para sua página na rede social divulgando problemas do cotidiano e cobrando providencias de autoridades políticas de Tabaporã, foi julgado no ultimo dia 18 de novembro pelo juízo da comarca de Tabaporã.
Ele foi condenado a 25 anos de prisão a serem cumpridos a principio em regime fechado, pelo assassinato de Jaqueline dos Santos, de 24 anos. A jovem foi morta com um tiro na cabeça e teve o corpo parcialmente carbonizado, em junho do ano passado no município de Tabaporã.
Durante o julgamento, os jurados votaram pela condenação do réu, acatando a denúncia do Ministério Público. Amilson foi sentenciado por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil, de maneira cruel, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, por meio de traição/emboscada, e contra a mulher em razão do gênero (qualificadora do feminicídio). O réu ainda foi condenado por fraude processual e porte ilegal de arma de fogo.
Pelo assassinato de Jaqueline, o júri conduzido pelo juiz Rafael Depra Panichella sentenciou o réu a 22 anos e 09 meses de cadeia. Por porte de arma foram mais 02 anos de cadeia e por fraude processual foram mais 03 meses de detenção. Ao somar todas as penas, o magistrado decidiu que o réu deverá cumprir 25 anos de prisão, em regime fechado. Amilson está preso na cadeia pública de Porto dos Gaúchos, e ainda pode recorrer da decisão. O tempo que ele já está preso, também será descontado da sentença.
O crime
O corpo de Jaqueline foi encontrado no dia 20 de junho de 2020. A polícia recebeu o registro de desaparecimento feito pela mãe da vítima, a qual relatou que a filha havia saído de casa no dia anterior, por volta do meio-dia, informando que retornaria em breve.
Conforme apuração da equipe policial, a vítima marcou um encontro com Amilson, com quem mantinha uma relação extraconjugal. Depois foi levada até o local onde após conversa entre os dois, ela foi assassinada com um disparo de arma de fogo na cabeça. Em seguida, o acusado foi até um posto de combustíveis, comprou etanol e retornou ao local do crime, onde ateou fogo na vítima.
Os indícios encontrados apontam que, possivelmente, a vítima ainda estava viva quando o autor do homicídio ateou fogo nela. Além da arma utilizada no crime, os policiais também apreenderam, durante o cumprimento dos mandados, o celular que Amilson possuía e utilizava para contatar a vítima, bem como o aparelho de Jaqueline, que foi levado pelo criminoso após a morte dela.
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