Os professores podem, novamente, paralisar suas atividades a partir da próxima quarta-feira (21), caso o pagamento referente aos dias cortados não seja feito, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT). A categoria alega que os valores, programados para serem depositados nesta terça-feira (20), não foram feitos. Após 75 dias, a greve da categoria teve fim na última quarta-feira (14), após assembleia no dia 9.
O Sintep-MT afirma que os educadores foram “caloteadosâ€. Um dos professores, segundo a nota, teria entrado em contado com uma técnica da Seduc-MT para saber sobre o que tinha acontecido com o pagamento. A técnica, em resposta, teria sido “deseleganteâ€, e disse que não estaria no órgão para fazer a todo momento folha de pagamento.
Por meio de assessoria, a Seduc-MT informa que o pagamento foi feito e aqueles que não receberam terão o valor restituÃdo no dia 10 de setembro. A pasta aponta as escolas dos professores que não receberam a remuneração excederam o prazo limite para enviar uma planilha com os nomes daqueles que voltaram à s aulas.
Greve dos professores
A greve do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) teve inÃcio no dia 27 de maio e foi encerrada no dia 9 de agosto. O movimento visou garantir o cumprimento da lei complementar 510/2013 e melhoria nas 767 escolas espalhadas pelo estado.
“A greve está suspensa, mas não quer dizer que a luta terminou aqui no Estado de Mato Grosso, mesmo porque o ponto principal da Lei 510, não houve um posicionamento efetivo do Governo do Estado. A categoria reafirma que caso o Governo não integralize ou apresente uma proposta até a próxima data base do ano de 2020, nos poderemos ter uma nova greve”, destacou o presidente do Sintep, Valdeir Pereira.
A greve chegou ao fim após última proposta do governador Mauro Mendes (DEM) feita na segunda-feira (5). O documento propõe que assim que o Estado voltar aos limites da LRF, todo o espaço fiscal aberto abaixo de 49% da Receita Corrente LÃquida (RCL) será usado para a concessão da Revisão Geral Anual (RGA) e dos aumentos remuneratórios aos servidores.
Deste espaço fiscal, 75% será destinado à RGA para todos os servidores públicos e os 25% restantes para os reajustes já concedidos nas leis de carreira – que beneficiariam os profissionais da Educação, Meio Ambiente e Fazenda.
Confira a nota do Sintep-MT na Ãntegra:
Após a suspensão da greve dos trabalhadores da educação da rede estadual, mediante documento do governo, parte dos educadores são surpreendidos com o calote da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), na restituição do corte de pontos. A Seduc não atende a decisão e promove retaliação a alguns profissionais. Na manhã desta terça-feira (20.08), primeira data para pagamento dos dias cortados, os salários referente aos meses de maio e junho, não foram depositados.
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) denuncia ainda atitude pouco amistosa da equipe da Seduc-MT para prestar os esclarecimentos aos educadores. Em uma das mensagens recebidas pelos profissionais da educação que buscam informações, uma técnica, de “forma deseleganteâ€, respondeu que não estaria no órgão para fazer a todo momento folha de pagamento. Resultado das inúmeras portarias e informações repassadas para as escolas criando confusão e caos. “A Seduc está retaliando os trabalhadores da educação escolhendo quem vai receber ou nãoâ€, acredita o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira.
Valdeir Pereira aponta que o governo teve tempo suficiente para gerar a folha, inclusive em parcela única, para restituir aquilo que foi descontado dos trabalhadores da educação. “Problemas até poderiam existir, um ou outro, mas não regra geralâ€, disse. A expectativa do Sindicato é para que o governo efetue o pagamento ainda hoje ou no máximo amanhã (21) daqueles que não tiveram inclusão na folha complementar. “Caso não ocorra, algumas escolas já estão ameaçando paralisar as atividade novamente a partir de amanhã, quarta-feiraâ€, informa Valdeir.
O documento do governo apontou a restituição dos dias cortados em duas parcelas,a primeira dia 20 de agosto. E, dia 10 de setembro, os valore do mês corrente (agosto) e também restituição de julho. O descumprimento da decisão por parte do governo abala a deliberação definida em Assembleia Geral dos trabalhadores, levando o sindicato a buscar esclarecimentos urgente com o governo, o que deve ocorrer nessa quarta-feira, numa reunião na Casa Civil.
Confira na Ãntegra a nota da Seduc-MT:
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informa que o pagamento da folha complementar foi feito nesta terça-feira (20.08). Alguns servidores não entraram nessa folha complementar porque a escola não encaminhou para a Seduc, em tempo hábil, ou seja, antes do fechamento dessa folha, a planilha com a relação dos servidores que retornaram da greve. Quem não entrou nessa folha receberá na folha de pagamento do mês de agosto, que é pago em setembro.