Home Agronegócio Conflito entre EUA e Irã preocupa produtores rurais de MT

Conflito entre EUA e Irã preocupa produtores rurais de MT

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A relação comercial entre Mato Grosso e Irã é antiga e importante. De janeiro a novembro de 2019 o país pagou mais de U$ 700 milhões pelos produtos daqui. Carne bovina foi um deles, já que o Irã é o terceiro maior comprador.

Conforme Paulo Bellincanta, presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), o Irã ganhou representatividade para o mercado mato-grossense devido ao volume da exportação. “Não há mercado que não seja importante. O Irã ganha uma importância pelo volume que tem levado nos últimos anos. Então é importante que possamos até ampliá-lo. Qualquer conflito internacional tem um peso na economia e para nós do setor da carne um peso muito direto, muito imediato”, afirmou.

A preocupação é causada pela tensão no Oriente Médio, que aumentou depois dos ataques entre Estados Unidos e Irã nos últimos dias. Em MT quem analisa o mercado de commodities e tudo que possa impactar nele ficou em alerta para possíveis reflexos, tanto nas exportações quanto nas importações do Irã.

O petróleo é o principal produto do país do Oriente Médio e os combustíveis são essenciais para o funcionamento do agronegócio. Segundo o gestor técnico do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleiton Gauer, a atenção deve ser para o milho. O país é o segundo maior consumidor do Brasil e o quarto maior do estado. O interesse também está no que volta de lá, já que o Irã tem o menor preço de um insumo muito usado na produção do cereal, a ureia.

Apesar do apoio aos Estados Unidos logo apos o ataque norte-americano, um dia depois o presidente Jair Bolsonaro se posicionou de forma mais neutra, o que para representantes do agronegócio é a melhor opção para manter os caminhos abertos e desenvolvimento do setor no estado. “Que o nosso país possa, como sempre fez, estar em um caminho de apaziguar e não de pôr lenha na fogueira e que possamos ter isso resolvido quanto antes para que economia não sofra”, disse Paulo Bellincanta.

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