Auditores do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) vistoriaram nesta quinta-feira (25), os equipamentos de saúde armazenados pelo Governo do Estado no Ginásio Aecim Tocantins para abastecer as unidades hospitalares da rede estadual.
A vistoria foi realizada pela Comissão Especial de Fiscalização, criada na Força-Tarefa do TCE-MT para o enfrentamento ao novo coronavírus.
A motivação da vistoria foram os vídeos que circularam nas redes sociais nesta semana, dando conta de que o Governo do Estado estaria estocando e “escondendo” respiradores e outros equipamentos para o tratamento de pacientes com a Covid-19 e montar um hospital de campanha.
“A partir dos vídeos que circularam nas redes sociais, foi realizada a inspeção in loco pelos membros da Comissão de Fiscalização para analisar as instalações e condições de armazenamento dos materiais e equipamentos”, disse o o secretário de Controle Externo (Secex) de Contratações Públicas do TCE-MT, auditor público externo Saulo Pereira de Miranda e Silva.
“Foi identificado que a estrutura do local é adequada para o armazenamento, os materiais estavam bem organizados, empilhados e acondicionados de forma adequada. Não existiam medicamentos ou produtos sensíveis no local”, acrescentou.
Entre os equipamentos armazenados no Ginásio Aecim Tocantins, estavam macas, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e outros equipamentos que compõem os leitos de UTI, e que estão sendo encaminhados às unidades hospitalares do estado. Não foram encontrados respiradores, monitores ou medicamentos.
A vistoria foi acompanhada pelo secretário de Estado de Saúde e equipe técnica. A Comissão de Fiscalização do TCE-MT coletou informações e realiza na próxima semana, outras duas vistorias, onde foi informado pela SES que os locais também estão servindo para armazenar equipamentos e materiais.
A vistoria realizada pelo TCE-MT não teve, neste momento, o objetivo de analisar a regularidade e conformidade da aquisição dos equipamentos e demais insumos lá encontrados, o que é objeto de outras ações de controle em curso.
O foco agora era apenas o de investigar a procedência das acusações oferecidas por meio das redes sociais, o que não se verificou.