A Guiné declarou ontem (14) um novo surto de ebola, após registrar pelo menos três mortes e quatro pessoas doentes no sudeste do país. Esta é a primeira vez que a doença reaparece desde o pior surto de ebola no mundo, entre 2013 e 2016.
Os sete pacientes manifestaram sintomas como diarreia, vômitos e sangramentos após participarem de um velório na subprefeitura de Goueke. Os que não padeceram da doença foram isolados em centros de tratamento, segundo o Ministério da Saúde local.
Não ficou claro se a pessoa velada no dia 1º de fevereiro também morreu em razão do ebola. Ela era enfermeira num centro de saúde local e morreu após contrair uma doença não especificada. A paciente chegou a ser transferida para tratamento em Nzerekore, cidade próxima da fronteira com a Libéria e a Costa do Marfim.
“Diante desta situação e de acordo com os regulamentos internacionais de saúde, o governo da Guiné declara uma epidemia de ebola”, disse o ministro da Saúde, Remy Lamah, por meio de comunicado.
O surto de ebola registrado entre 2013 e 2016 na África Ocidental começou em Nzerekore. A proximidade às movimentadas fronteiras dificultou os esforços para conter o vírus. No total, a doença matou pelo menos 11.300 pessoas, sendo a maior parte dos casos identificados na Guiné, na Libéria e em Sierra Leoa.