O cantor e ex-deputado Sérgio Reis recuou nesta 2ª feira (16.ago.2021) e disse ter pedido apenas para que fossem “estudados” os impeachments de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Em áudio que viralizou no domingo (15.ago), o artista falava em “ordenar” o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a derrubar os 11 magistrados da Corte.
“Eu não pedi para que acabasse com nada. Eu pedi que fizessem, que esses impeachments, fossem estudados. Vamos fazer. Se o povo não for para as ruas no dia 7 de Setembro, Brasília não vai fechar. Então não vai adiantar nada. O Exército não pode fazer nada, o presidente não pode fazer nada e nós não podemos fazer nada. Estamos fazendo a nossa parte”, disse, visivelmente emocionado.
Reis participou de uma transmissão ao vivo no canal do blogueiro Oswaldo Eustáquio –que foi preso em dezembro de 2020 por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Agora, ele cumpre prisão domiciliar.
Isso me entristece muito. Minha vida foi sempre regida pelo povo. Eu sou o que eu tenho, o povo é que me deu, com carinho e respeito. Eu procurei devolver isso”, justificou o cantor.
Na gravação que viralizou no WhatsApp, Reis afirma que um ultimato seria entregue ao Senado –que é responsável por analisar processos contra ministros do STF– em 8 de setembro, por ele, 2 líderes dos caminhoneiros e 2 líderes dos produtores de soja. “Não é um pedido, é uma ordem. É assim que eu vou falar”, diz.
O ex-deputado afirma que enquanto o Senado não tomar uma posição, um grupo de manifestantes ficará em Brasília. “Se em 30 dias eles não tirarem aqueles caras [ministros do STF], nós vamos invadir, quebrar tudo, e tirar os caras na marra. A coisa está séria.”
No áudio, Sérgio Reis disse que tem feito reuniões com lideranças dos caminhoneiros, e que decidiram não fazer nenhum movimento no dia 7 de setembro, quando comemora-se a Independência do Brasil. “Nenhuma manifestação, pela data, pelo desfile, para não atrapalhar o presidente. Mas vamos parar em volta de Brasília”.
Líderes caminhoneiros entrevistados pelo Poder360 afirmaram que a classe rejeita a convocação de manifestações feitas por Sérgio Reis.
Poder 360
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