Home Agronegócio O uso de inteligência artificial na agropecuária brasileira: otimizando a produção e reduzindo custos

O uso de inteligência artificial na agropecuária brasileira: otimizando a produção e reduzindo custos

7 min ler
0

A aplicação de inteligência artificial (IA) na agropecuária brasileira está revolucionando o setor, promovendo a otimização da produção e a redução de custos operacionais. “Essa tecnologia, que vai desde o uso de drones até sistemas de monitoramento e análise de dados, está transformando como agricultores e pecuaristas gerenciam suas atividades diárias”, explica Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX.

Nos últimos anos, a inteligência artificial tem ganhado espaço significativo na agropecuária brasileira, impulsionada pela necessidade de aumentar a eficiência e a sustentabilidade das operações agrícolas.

A utilização de drones para monitoramento de plantações, por exemplo, permite uma análise detalhada e em tempo real das condições do solo, detectando pragas e doenças precocemente.

Esses equipamentos sobrevoam as áreas cultivadas e captam imagens que são processadas por sistemas de IA, gerando relatórios precisos sobre a saúde das plantações.

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o uso de drones e sensores nas plantações pode aumentar a produtividade em até 30%, ao mesmo tempo em que reduz o uso de insumos agrícolas em até 20%.

Para Carlos César Floriano, “Isso representa uma economia significativa para os produtores e um impacto ambiental positivo, com a diminuição do uso de pesticidas e fertilizantes”, esclarece.

Além dos drones, sensores de solo e clima estão sendo amplamente adotados. Esses dispositivos coletam dados ambientais que são analisados por algoritmos de IA, ajudando os agricultores a tomar decisões acertadas sobre irrigação, fertilização e controle de pragas, não só aumentando a produtividade, mas também, contribui para a sustentabilidade, reduzindo o uso excessivo de água e agrotóxicos.

O uso de robôs na colheita também está ganhando espaço, especialmente em culturas como a de frutas e hortaliças, onde a mão de obra manual é intensiva.

Esses robôs são equipados com câmeras e sensores que identificam frutas maduras e fazem a colheita de maneira precisa e eficiente, reduzindo perdas e danos aos produtos.

Carlos César Florianobenefícios econômicos e sustentáveis

A implementação da inteligência artificial na agropecuária traz inúmeros benefícios econômicos.

A otimização do uso de insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas, resulta em redução de custos operacionais.

A precisão no monitoramento e controle das lavouras permite um aumento significativo na produtividade, o que se traduz em maiores rendimentos para os produtores.

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a agropecuária representa cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e emprega mais de 15 milhões de pessoas.

Do ponto de vista ambiental, a IA também desempenha um papel importante. A aplicação correta de insumos agrícolas minimiza o impacto ambiental, reduzindo a contaminação do solo e dos recursos hídricos.

“A capacidade de monitorar e prever mudanças climáticas ajuda os agricultores a se prepararem melhor para eventos extremos”, pontua Carlos César Floriano.

Apesar dos avanços significativos, a adoção da inteligência artificial na agropecuária brasileira ainda enfrenta desafios.

A falta de infraestrutura tecnológica em áreas rurais é um obstáculo importante. Muitos agricultores, especialmente os de pequeno e médio porte, ainda não têm acesso àinternet de alta velocidade, o que limita o uso de tecnologias avançadas.

Outro desafio é a necessidade de capacitação. O uso de sistemas de IA requer conhecimentos técnicos específicos, e muitos agricultores ainda não estão familiarizados com essas ferramentas.

Programas de treinamento e educação são essenciais para garantir que os produtores possam aproveitar plenamente os benefícios dessas tecnologias.

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), iniciativas de capacitação e treinamento têm sido fundamentais para a integração de novas tecnologias no campo.

“A questão do custo também é um fator a ser considerado. Embora a IA possa gerar economias significativas a longo prazo, o investimento inicial em equipamentos e sistemas pode ser elevado”, diz Carlos César Floriano.

Fonte: VMX Agro

Carregue mais postagens relacionados
Carregue mais por Porto Notícias
Carregue mais em Agronegócio
Comentários estão fechados.

Verifique também

Sindicato Rural de Porto dos Gaúchos realiza abaixo assinado para cobrar Energisa por melhorias no serviço

O Sindicato Rural de Porto dos Gaúchos (Sindporto), representando os produtores rurais do …