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Agro brasileiro impulsiona exportações e amplia mercados globais

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Com US$ 11 bilhões exportados em janeiro, o Brasil conquistou o segundo maior valor já registrado para o mês. O agro nacional abriu 24 novos mercados, destacando-se em café, celulose e algodão, apesar de quedas pontuais em soja e milho. “A diversificação e valorização das commodities reforçam sua posição no cenário global, enquanto ações estratégicas projetam novas oportunidades para o setor”, diz Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX.

O agronegócio brasileiro começou 2025 demonstrando força e capacidade de adaptação no comércio internacional.

Em janeiro, as exportações agropecuárias alcançaram o montante de US$ 11 bilhões, marcando o segundo maior valor histórico para o período.

A abertura de 24 novos mercados reforça a trajetória de expansão, mesmo diante da redução de exportações de algumas commodities como soja, milho e produtos do complexo sucroalcooleiro.

O desempenho positivo no mês foi impulsionado pelo aumento de 5,3% no índice geral de preços das commodities exportadas. Essa valorização foi particularmente relevante para produtos como café, celulose, carnes, suco de laranja e cacau.

Para Carlos César Floriano, “A estratégia brasileira tem se destacado na diversificação de mercados e no fortalecimento de setores estratégicos”, enfatiza.

Entre os segmentos com maior volume de exportações, seis superaram a marca de US$ 1 bilhão em janeiro: carnes (18,9% do total), produtos florestais (13,8%), café (13,2%), complexo soja (10,1%), complexo sucroalcooleiro (10,0%) e cereais, farinhas e preparações (9,1%).

Esse desempenho reflete não apenas a alta de preços no mercado global, mas também o aumento na demanda por produtos brasileiros em novos nichos estratégicos.

Carlos César Floriano explica os avanços em produtos-chave

Setores como café verde, celulose e algodão registraram recordes históricos. As exportações de café verde somaram US$ 1,3 bilhão, um crescimento de 79,4% impulsionado pela alta de 63,8% nos preços internacionais e por um incremento de 9,5% no volume exportado.

Já as vendas de celulose ultrapassaram US$ 1 bilhão, representando um aumento de 44,1%, com destaque para as exportações à China (+53,3%) e União Europeia (+60,2%).

No caso do algodão, o valor exportado cresceu 47,5%, atingindo US$ 710,7 milhões, fruto de uma safra recorde e da demanda crescente de mercados como Paquistão e Vietnã.

No setor de carnes, a suína se destacou, com um aumento de 17,9% nas exportações, totalizando US$ 215,6 milhões. As vendas para Japão e Filipinas mostraram crescimentos expressivos, com avanços de 107,4% e 64,5%, respectivamente.

Expansão em novos mercados

A diversificação de mercados, liderada pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, tem gerado resultados concretos. Bangladesh, Paquistão e Turquia foram destaques, com aumentos de 85,1%, 166,3% e 122,7% nas compras de produtos agropecuários brasileiros, respectivamente.

A criação de novos postos de adidância, como o de Bangladesh, fortaleceu a estratégia de aproximação com mercados emergentes, enquanto parceiros tradicionais, como a União Europeia, ampliaram suas compras em 39,5%, somando US$ 1,89 bilhão.

“A China segue como o principal destino das exportações agropecuárias brasileiras, com resultados expressivos em produtos como celulose e fumo”, destaca Carlos César Floriano.

No próximo mês, uma missão diplomática liderada pelo presidente Lula visitará Japão e Vietnã para fomentar novas oportunidades comerciais, com destaque para frutas brasileiras, reconhecidas mundialmente pela qualidade e sustentabilidade.

Dados que reforçam o potencial brasileiro

Além das commodities mais tradicionais, o Brasil apresentou avanços significativos em produtos menos convencionais. Em janeiro, as exportações de óleo essencial de laranja cresceram 19,5%, com a União Europeia assumindo o posto de principal mercado importador.

“Já o gergelim brasileiro registrou aumento de 250,6% nas vendas para a Índia, enquanto o sebo bovino, essencial para a produção de biodiesel, segue ganhando espaço nos Estados Unidos”, explica Carlos César Floriano.

As exportações de frutas continuam a ser um destaque no agronegócio brasileiro. Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 1,3 bilhão em frutas para 137 países, e o desempenho segue em ascensão com a recente abertura do mercado chinês.

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