Home Política Após Bolsonaro afrontar instituições, bancada evita críticas e debate crise

Após Bolsonaro afrontar instituições, bancada evita críticas e debate crise

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Parlamentares da bancada de Maro Grosso, onde Jair Bolsonaro (sem partido) tem forte base de apoiadores, evitam tecer críticas ao pronunciamento de ontem (7) do presidente que radicalizou o discurso com afrontas às instituições do Judiciário e Legislativo. Apesar de esperado, o tom de ataque nas falas do presidente deixou um ambiente de preocupação entre deputados e senadores e que tentam agora discutir formas de amenizar a crise.

A reação ao discurso foi imediata e, ainda na terça, o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM) anunciou o cancelamento de sessões previstas para esta semana. Já o presidente do STF deve se pronunciar no início da tarde quando os líderes de partidos também devem falar.

O aquecimento das discussões de impeachment, que tomou força após o 7 de setembro também, é forte em partidos de centro que já estão se reunindo pela manhã. O PSD, PSDB e Solidariedade já estão com agenda e MDB sinalizou que deve apoiar a abertura do processo.

Reprodução

montagem - 8 deputados federais - INTERNA 1024 -  julho 2021

Contra o impeachment, o deputado federal Neri Geller (PP) definiu o cenário como “delicado” e pede cautela. Ele é próximo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), nas mãos de quem estão vários pedidos de impeachment do presidente. Neri, porém, reconhece que a instabilidade institucional tem travado o andamento de pautas no Congresso, como a Nova Lei do Licenciamento Ambiental e Marco Temporal. Mas ele evita “culpar” Bolsonaro.

Apesar de não confrontar diretamente o presidente, o deputado diz ser contrário “a qualquer manifestação de rompimento institucional. Se houver a necessidade de mudança, que seja feita pela força do voto ano que vem”.

Já o federal José Medeiros (Pode) avalia que o processo de impeachment está longe de andar e que os colegas de Parlamento “não têm coragem e nem apoio”. Contou ainda que os políticos bolsonaristas ficaram surpreendidos com as manifestações que teria sido superado as expectativas. Na mesma linha, Nelson Barbudo (PSL) comemorou as manifestações pró-Bolsonaro.

Única mulher da bancada, a deputada Rosa Neide (PT) foi a única que se manifestou publicamente pelo impeachment. Ela afirma que Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade e que deve deixar o cargo.

A bancada do MDB evita comentar o caso, Juarez Costa, Valtenir Pereira que está no lugar de Carlos Bezerra, licenciado, preferem esperar. O líder da bancada, Doutor Leonardo (SD) está licenciado dá quase 40 dias para tratar uma fatura no fêmur. Nesse período, ficou distante do cargo em decisões importantes na agenda bolsonarista como a PEC do Voto Impresso. O deputado Emanuelzinho (PTB) preferiu não comentar o assunto.

Os senadores, Carlos Fávaro (PSD) e Jayme Campos (DEM) alegam que estariam retornando de viagem e que não acompanharam os atos. Já Wellington Fagundes (PL) dedicou o início do dia a reuniões.

Andhressa Barboza/RD News

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