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Estudos apontam que o novo coronavírus tem proliferação maior em climas frios e secos

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É esperado que infecções, principalmente virais respiratórias, aumentem de incidência no inverno, afirma a infectologista Sylvia Lemos, da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia). Ainda estão sendo realizados estudos para entender a qual clima o novo coronavírus se adapta melhor.

Um estudo realizado pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, e publicado na revista Jama (Journal of the American Medical Association) mostrou que a covid-19 tem proliferação maior em climas frios e secos.

O estudo avaliou 50 cidades com maior e menor número de casos e constatou que as cidades mais afetadas pela pandemia tinham clima muito parecidos: temperatura entre 5ºC e 11ºC e baixa umidade.

Apesar da preferência pelo vírus a lugares mais frios e secos, isso não impede a transmissão em lugares quentes. “As pessoas diziam que nós aqui no Nordeste estaríamos protegidos por conta do calor, mas não foi isso que a gente viu, tivemos muita transmissão”, afirma Sylvia.

Segundo ela, as medidas de prevenção utilizadas para a pandemia de covid-19 podem ajudar a reduzir as outras infecções de inverno transmitidas por vírus. A médica explica que no inverno doenças como meningites, crises de asma, pneumonias, sinusites, rinites, resfriados e gripes podem aumentar.

Um dos fatores é comportamental. “As pessoas ficam mais juntas, saem menos de casa porque está frio ou chovendo, em casa não se usa máscara e isso acaba aumentando a transmissão dos vírus respiratórios.”

Outro fator são as mudanças drásticas de temperatura, segundo a infectologista, sair de um ambiente quente para um muito frio, pegar garoa e vento gelado, pode causar um desequilíbrio das mucosas e do sistema imunológico, o que pode facilitar que vírus e bactérias penetrem no corpo.

Além disso, as mudanças de temperatura e umidade podem ser fatores de gatilho alérgico. “Pode deixar as pessoas asmáticas, com rinite e sinusite com o trato do pulmão mais sensível e consequentemente produzindo mais secreção. Isso contribui para que a pessoa contraia patógenos, já que o órgão está sensível e para que ela passe também, por conta do aumento do volume de secreção.”

A médica explica que o mesmo pode acontecer no verão intenso, por conta do uso de ar condicionado. “Entrar e sair dos ambientes com ar condicionado e calefação podem desencadear uma crise asmática, de rinite ou sinusite.”

Sylvia alerta que, caso as medidas de prevenção como uso de máscaras, higiene frequentes das mãos e distanciamento social sejam relaxadas, a chegada do inverno pode piorar a situação da pandemia, por conta do aumento dessas doenças sazonais.

“A pessoa pode pegar duas infecções, tivemos casos de H1N1 e covid-19 aqui. Ela pode pegar uma outra infecção que vai ser confundida com covid-19 e essas outras doenças podem sobrecarregar ainda mais os hospitais.”

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