As exportações do agronegócio brasileiro registraram um novo recorde em setembro de 2024, alcançando a impressionante marca de US$ 14,19 bilhões. O resultado representa um crescimento de 3,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, impulsionado pelo aumento no volume de produtos exportados. Para o CEO do Grupo VMX, Carlos César Floriano, “O setor foi fortemente beneficiado pela expansão de mercados e pela demanda crescente de produtos como carnes, açúcar e celulose”, diz.
Conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), os principais segmentos responsáveis por esse desempenho foram o complexo soja, carnes, sucroalcooleiro, produtos florestais, cereais, farinhas, preparações e o café.
Esses seis setores concentraram 84,6% de toda a pauta exportadora do agronegócio nacional, evidenciando a importância estratégica de suas operações para a balança comercial do país.
Um dos pontos centrais do avanço nas exportações foi a abertura de novos mercados para produtos agropecuários brasileiros, que ocorreu ao longo dos últimos meses. Essa expansão de mercados ampliou significativamente o alcance de cadeias produtivas que até então apresentavam menor desempenho nas exportações.
Ao conectar novos compradores aos produtos do agro brasileiro, foram geradas oportunidades que, por sua vez, impulsionaram a expansão de outros mercados. Esse efeito cascata contribuiu decisivamente para o resultado recorde de setembro de 2024.
Destaques dos produtos exportados
“Entre os produtos que mais contribuíram para o aumento das exportações, o setor de carnes teve um papel de destaque, com o segmento bovino liderando os resultados”, enfatiza Carlos César Floriano.
As exportações de carne bovina somaram US$ 1,25 bilhão em setembro de 2024, um aumento expressivo de 29,2% em comparação ao mesmo período de 2023. Além do aumento no valor exportado, o volume de carne bovina in natura também alcançou um recorde, com 251,76 mil toneladas embarcadas, representando um crescimento de 29,1%.
O mercado chinês se manteve como o principal comprador da carne brasileira, reforçando a importância dessa relação comercial.
Outro setor que apresentou forte desempenho foi o complexo sucroalcooleiro, com exportações que totalizaram US$ 1,92 bilhão em setembro, um crescimento de 6,4% em comparação ao ano anterior.
O principal produto desse setor foi o açúcar, que representou cerca de 95% das vendas externas do complexo. Em termos de volume, as exportações de açúcar de cana em bruto também estabeleceram um recorde, com 3,47 milhões de toneladas embarcadas, um aumento de 25,9% em relação ao mesmo mês de 2023.
“Os produtos florestais também se destacaram, com a celulose registrando o maior volume de vendas no setor, atingindo US$ 1,04 bilhão em exportações”, destaca Carlos César Floriano.
Esse montante representa um novo recorde para os meses de setembro e reflete a forte demanda dos mercados mais industrializados, que são os principais consumidores de celulose brasileira.
O desempenho desse setor reforça a posição do Brasil como um dos maiores fornecedores mundiais de produtos florestais, em especial no segmento de papel e celulose.
O café, um dos produtos tradicionais da pauta exportadora brasileira, também teve um desempenho impressionante em setembro de 2024. As vendas de café verde saltaram de US$ 573,84 milhões em setembro de 2023 para US$ 1,07 bilhão no mesmo mês deste ano, um aumento de 86,6%, estabelecendo um novo recorde para o período.
Em termos de volume, o café verde alcançou 243,1 mil toneladas exportadas, confirmando o excelente momento do setor. O crescimento das exportações de café está diretamente relacionado ao aumento da demanda global por produtos brasileiros de alta qualidade, especialmente em mercados exigentes como a União Europeia e os Estados Unidos.
Carlos César Floriano e os resultados acumulados em 12 meses
Ao analisar os resultados acumulados dos últimos doze meses, que compreendem o período entre outubro de 2023 e setembro de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 166,19 bilhões.
Esse montante representa um crescimento de 1,8% em comparação aos US$ 163,19 bilhões exportados no ciclo anterior, de outubro de 2022 a setembro de 2023. Para Carlos César Floriano, “Esse resultado reflete a estabilidade do setor agropecuário, que continua desempenhando um papel fundamental para o equilíbrio da balança comercial brasileira”, observa.
A constante busca por novos mercados, associada à diversificação da pauta exportadora, tem permitido ao agronegócio brasileiro manter sua relevância global, mesmo diante de desafios como oscilações de preço e concorrência internacional.
O setor segue sendo um dos principais motores da economia nacional, impulsionando,tanto o crescimento econômico, quanto a geração de emprego e renda em diversas regiões do país.
“Os recordes registrados em setembro de 2024 são um indicativo de que o Brasil está consolidando sua posição como um dos maiores exportadores de produtos agropecuários do mundo”, explica Carlos César Floriano.
A tendência é que, nos próximos meses, o país continue expandindo sua presença em mercados estratégicos, beneficiando-se da qualidade de seus produtos e da crescente demanda por alimentos e commodities sustentáveis.
Em um cenário global cada vez mais competitivo, o agronegócio brasileiro segue mostrando sua capacidade de adaptação e inovação, utilizando ferramentas como tecnologia, gestão eficiente e práticas sustentáveis para assegurar sua liderança no comércio internacional.
Fonte: VMX Agro