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Polícia Federal deflagra nova fase da Operação Carne Fraca

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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 1º, uma nova fase da Operação Carne Fraca, denominada Romanos. Cerca de 280 policiais cumprem 68 mandados de busca e apreensão em nove estados (Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro). As medidas cautelares foram determinadas pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa (PR).

De acordo com a PF, o inquérito tem como foco principal a apuração de crimes de corrupção passiva praticados por auditores fiscais agropecuários federais em diversos estados, em benefício de grupo empresarial do ramo alimentício, que passou a atuar em colaboração espontânea com as autoridades públicas na investigação.

A empresa investigada, afirma a PF, indicou que ao menos 60 Auditores Fiscais Agropecuários teriam sido favorecidos com as vantagens indevidas. Há indicativos de que foram destinados 19 milhões de reais para os pagamentos indevidos.

Segundo as investigações, os valores eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas que representavam o interesse dos fiscais.

A prática ilegal teria sido interrompida no ano de 2017, quando o grupo passou por uma reestruturação interna. O nome da operação tem origem bíblica, nas passagens do livro de Romanos que tratam de confissão e Justiça.

Histórico
Considerada a maior operação da história da Polícia Federal, a primeira fase da Carne Fraca foi deflagrada em março de 2017 e desmantelou um esquema de pagamento de propina envolvendo funcionários do Ministério da Agricultura e empresários do ramo alimentício para relaxar a fiscalização e conseguir a liberação de licenças.

A operação teve como alvos frigoríficos de pequeno porte e as gigantes BRF e JBS. Diante das informações de que produtos estragados estavam sendo liberados ao consumo, o governo precisou se mobilizar para tranquilizar a população e avisar que não havia razão para pânico, pois nem todos os frigoríficos do país estavam envolvidos nos casos investigados.

Na segunda fase da operação, em maio daquele ano, a PF prendeu Francisco Carlos de Assis, ex-superintendente do Ministério da Agricultura em Goiás, acusado de ter destruído provas após o início das investigações. A terceira fase aconteceu em março de 2018, e teve como alvo um esquema de fraudes descoberto na empresa BRF para burlar o Serviço de Inspeção Federal.

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