Os investigadores e escrivães da PolÃcia Civil pararam as atividades na tarde desta terça-feira (25), em todo o estado, para protestar contra a Reforma da Previdência. Eles fazem uma manifestação em frente à Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp), no Centro PolÃtico Administrativo, em Cuiabá.
Os organizadores estimam público de 100 pessoas no inÃcio da tarde.
A categoria reclama que o texto, tanto o elaborado pelo governo federal quanto o da comissão formada na Câmara dos Deputados para analisar o projeto do Executivo, trata a PolÃcia Civil e outras entidades de forma diferenciada das Forças Armadas.
“Não concordamos com a fragmentação das forças de segurança. O texto mantém o direito apenas dos militares da Marinha, do Exército, do Corpo de Bombeiros e da PolÃcia Militar e exclui a PolÃcia Federal, a PolÃcia Rodoviária Federal e a PolÃcia Civil e dos agentes do sistema prisional e do sistema socioeducativo tirando a aposentadoria especial, embora também sejam atividades de risco e de dedicação exclusiva”, afirmou a presidente do Sindicato dos Investigadores de PolÃcia do Estado de Mato Grosso (Sinpol), Edileuza Mesquita.
Com a paralisação, os atendimentos nas delegacias serão suspensos, das 13h à s 18h. Só serão mantidos os serviços na Central de Flagrantes, na 1ª Delegacia de PolÃcia Civil e na Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran), apenas quando houver acidente com vÃtima fatal.
Conforme a presidente do Sinpol, a expectativa das polÃcias que ficaram de fora dos benefÃcios concedidos aos militares é que emendas sejam acrescentadas ao texto, estendendo os direitos.
Uma comissão de entidades classistas se reuniu em BrasÃlia para alterar o relatório da comissão especial da Câmara.
A idade da regra geral é 62 para mulheres e 65 para homens e para os policiais civis seria 55, tanto para mulher quanto para homem, com 30 anos de contribuição e 25 anos dedicados à polÃcia.
Com o texto do relator, de acordo com a sindicalista, piorou, porque a mulher ia aposentar com 25 anos e agora vai aposentar com 30. “O relatório da comissão especial da reforma fez foi piorar para a polÃcia que não é das Forças Armadas. Trava o tempo de contribuição durante a licença-maternidade. Qualquer servidor que sair para tratamento de saúde para de contar e só volta quando voltar a trabalhar”, explicou.
Outra reivindicação da categoria é a regulamentação de sobreaviso, porque, segundo ela, hoje o profissional é chamado para trabalhar em qualquer horário e não recebe hora extra. “Mato Grosso tem um efetivo reduzido de investigadores de polÃcia e para atender a demanda é preciso trabalhar a mais, mas não recebe gratificação. Existe um desgaste fÃsico e mental dos investigadores em razão da sobrecarga de serviço”, afirmou.
São 2.070 investigadores e 690 escrivães para atender 115 municÃpios mato-grossenses. “Tem municÃpios que não tem escrivão e o policial tem que fazer o serviço operacional”, disse.