O ex-deputado estadual José Riva, de 60 anos, deixou o hospital nesta sexta-feira (31), depois de ficar internado por dois dias. Riva teve um princÃpio de infarto na noite de quarta-feira (29).
O ex-deputado chegou a ser levado para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Depois, passou por uma angiografia, exame que visualiza as veias, e ficou um dia em observação.
Na quarta-feira, a filha de Riva, a deputada estadual JanaÃna Riva (MDB), informou, em uma rede social, que o pai estava bem e não corria risco de morte.
“É uma hemorragia subaracnoidea (HSA), um extravasamento súbito de sangue no interior do espaço subaracnoideo. Nós estávamos com receio de que fosse por conta de um aneurisma. Os exames realizados nessa madrugada mostraram que não houve a ruptura de aneurismaâ€, disse JanaÃna.
Trajetória
O ex-parlamentar retirou-se da vida pública em fevereiro de 2015, após cinco mandatos consecutivos como deputado estadual. Na ALMT, ocupou os cargos de presidente e primeiro-secretário da Mesa Diretora.
Em 2014 chegou a ser preso pela PolÃcia Federal durante a Operação Ararath e passou três dias atrás das grades. Meses depois, tentou candidatar-se ao governo do estado, mas teve o registro cassado em função da Lei da Ficha Limpa. No lugar dele concorreu a mulher, Janete Riva, que perdeu a eleição.
Em 2015, ele voltou a ser preso durante as operações VentrÃloquo e Metástase, também acusado de desvio na ALMT, mas foi solto após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Naquele mesmo ano, o Conselho Deliberativo do extinto Fundo de Assistência Parlamentar (FAP) da ALMT aprovou o pagamento de pensão vitalÃcia ao ex-deputado.
Em março de 2017, Riva foi condenado a 21 anos e oito meses de prisão por desvio de R$ 5,4 milhões, em valores corrigidos, da ALMT por meio de uma empresa de fachada. A decisão também foi proferida pela juÃza Selma Arruda. Essa foi a primeira condenação penal dele pelos crimes que foram investigados durante a operação Arca de Noé, da PolÃcia Federal.
Dois meses depois, ele foi novamente condenado pela juÃza Selma Arruda, dessa vez a 22 anos e quatro meses de prisão, por desvio de dinheiro do Legislativo mato-grossense. A fraude ocorreu por meio de uma factoring de propriedade do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.