O Governo do Estado estima que até quatro mil pessoas sejam contaminadas com a Covid-19 (novo coronavírus) no Estado.
O número consta em um ofício encaminhado na última sexta-feira (27) aos Ministérios Públicos Estadual, Federal e do Trabalho, que ingressaram com uma ação no Tribunal Justiça requerendo, em pedido liminar, a suspensão imediata dos efeitos do decreto estadual nº 425/2020.
O decreto – que foi derrubado no domingo por decisão do desembargador Orlando Perri – havia autorizado, entre outras coisas, a abertura de shopping centers, lojas de departamento e galerias.
“No Estado de Mato Grosso temos uma estimativa de infectados de pouco mais de 4 mil pessoas. Isso deve gerar uma perspectiva de que 850 pessoas precisarão de atendimento hospitalar e, dentro desse grupo, cerca de 200 a 220 leitos de UTI, conforme afirmou o Dr. Abdon Salam Khaled Karhawi, que é especialista em infectologia e professor da Universidade Federal de Mato Grosso”, diz trecho do ofício
Segundo ele: ‘Temos um cenário bem plausível de controlar, tendo como base os indicadores que dispomos no momento. De maneira objetiva, temos um cenário controlado. Estamos muito atentos na progressão da doença no Brasil e no Mundo. A epidemia é dinâmica e estamos monitorando todas essas mudanças’”, acrescenta o documento.
Destacou ainda que o Estado possui a estrutura necessária para atender os casos de coronavírus, mesmo na hipótese de ocorrer o pior cenário projetado de propagação da pandemia.
“É necessário informar que o Governo de Mato Grosso, através da Secretaria de Estado de Saúde, está monitorando de perto a situação do Coronavírus no Estado, para, se for o caso, implementar outras medidas mais restritivas, caso o quadro se agrave”, diz trecho do ofício.
“Compete ao gestor analisar a situação local e definir as medidas a serem adotadas, conforme o próprio secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde recomendou: “Não há uma regra única para todo o país. Cada região deve avaliar com as autoridades locais o que se deve fazer caso a caso. Neste momento, nós não temos o Brasil inteiro na mesma situação, por isso é importante analisar o cenário de casos e possíveis riscos“”, pontua o documento.
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