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Mato Grosso registrou aumento de 40,2% no número de óbitos e perdeu 20,4 mil vidas em 01 ano da pandemia

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No período de março de 2020 a fevereiro de 2021, foram 20.478 mortes, um recorde no Estado

Em um ano da pandemia da Covid-19, os cartórios de Mato Grosso registraram aumento de 40,2% no número de óbitos.

No período de março de 2020 a fevereiro de 2021, foram 20.478 mortes, um recorde desde o início da série histórica “Estatísticas do Registro Civil”, em 2003.

Os dados do “ano da pandemia” constam no Portal da Transparência do Registro Civil.

O número reflete a triste realidade enfrentada pela população mato-grossense diante da crise de Saúde pública instalada em decorrênciarazão da Covid-19, rede hospitalar à beira do colapso, crescimento no número de mortes em domicílios em razão da falta de leitos ou do medo da ida aos hospitais, reflexos no incremento dos falecimentos por doenças respiratórias e cardíacas aceleradas pelo coronavírus, que a causa a doença.

De acordo com a Associação dos Notários e Registradores do Estado (Anoreg-MT), foram 5.876 falecimentos a mais do que a média verificada ao longo dos últimos 18 anos.

Em termos percentuais, o número significa um crescimento de 40,2% de óbitos em relação à média histórica, que sempre esteve na casa de 2,9%, totalizando 37,3 pontos percentuais a mais no período.

Na comparação em relação ao exato ano anterior da pandemia, março de 2019 a fevereiro de 2020, o aumento foi de 14,7% no número de falecimentos.

Fevereiro passado foi o mês recordista devido ao agravamento da pandemia.

No Estado, os cartórios registram um total de 1.375 óbitos, sendo 285 a mais do que a média para o período.

O número foi ainda 20,7% maior do que a média histórica dos meses de fevereiro desde 2003, sendo 18,2 pontos percentuais a mais em relação à média para o período. Na comparação com fevereiro de 2020, o crescimento foi de 16,5%.

Em Cuiabá, somente nos primeiros meses deste ano, foram 1.402 óbitos.

Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá) aparece em segundo lugar, com 301 mortes no mesmo período, seguido de Sinop (189), Tangará da Serra (180) e Cáceres (147). Em Várzea Grande, foram 84 falecimentos.

Mas, o número de óbitos registrados nos meses de 2021 ainda pode vir a aumentar, assim como a variação da média anual e do período, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o falecimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência.

“As serventias disponibilizam, por meio do Portal da Transparência do Registro Civil, informações em tempo real desta grave crise de pandemia e seus reflexos no Brasil”, avalia o presidente da Arpen-MT, Rogério Campos Ferreira.

Ele reforça que os Cartórios de Registro Civil se mostraram um importante instrumento de informações à sociedade e ao Poder Público, gerando o interesse de outras áreas em mapear o impacto da pandemia em sua especialidade.

Vale destacar que o portal é abastecido em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do país, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

A Anoreg-MT congrega os 243 Cartórios distribuídos em todos os municípios mato-grossenses.

 

Fonte: Diário de Cuiabá/JOANICE DE DEUS

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