O senador Jayme Campos (União Brasil) externou sua preocupação com as eleições polarizadas no Brasil e defendeu a eficácia das urnas eletrônicas. Para ele, colocar em dúvida a democracia deixa a imagem do Governo Federal prejudicada.
“Tenho preocupação dessa eleição ser quase sangrenta. Polarizou de tal forma… Isso ganhou uma dimensão tão grande que as próprias autoridades constituintes do País estão perdendo as condições de fazer as coisas fluírem normalmente, como sempre houve dentro do processo democrático do Brasil”, afirmou em entrevista à rádio CBN Cuiabá.
Jayme ainda entrou na questão das urnas eletrônicas e, diferente de seu irmão, o ex-senador Júlio Campos, discordou dos questionamentos levantados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação à segurança do equipamento de votação.
O presidente ganhou as manchetes nacionais e internacionais após se reunir com dezenas de embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para criticar o sistema eleitoral, as urnas eletrônicas e os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
“Gente, isso está funcionando há quase 20 anos. A mesma eleição que deu a vitória para Bolsonaro, essa mesma urna, mas agora ela não presta. Quer dizer: para ganhar ela serviu?”, declarou.
“Acho que isso é muito ruim. Pode haver um aperfeiçoamento dessa máquina, mas não podia chegar diante da opinião pública. Aí o que acontece, a figura do governo brasileiro externamente é prejudicada, é mal vista pela opinião pública internacional”, acrescentou.
O senador ainda saiu em defesa da democracia e afirmou que é preciso parar e resolver estes embates para que nada interfira no pleito deste ano. E enfatizou que a democracia no Brasil já está consolidada.
“Espero que a gente consiga chegar em um porto seguro, que estamos em plena condição e fazer uma condução limpa, transparente. E aquele que ganhar tem que ter o resultado aprovado pelas instituições, sobretudo pela própria sociedade brasileira”, disse.
Fonte: Mídia News