A adesão ao protesto contra o resultado das eleições presidenciais aumentou, no final da tarde, com comerciantes, profissionais liberais, dirigentes de entidades e lideranças políticas que se uniram a produtores rurais, autônomos e caminhoneiros em Sinop bloqueiam a rodovia e as ruas laterais, Enio Pipino e João Pedro Carvalho. O manifesto completou 24 horas. Só ambulâncias passam e o manifesto, assim como nas demais cidades, segue por tempo indeterminado.
O prefeito Roberto Dorner esteve, no final da tarde, no local e declarou que foi bloqueada a rodovia “pelo motivo da roubalheira que fizeram na política, na eleição. Então, tô aqui junto com a população”, manifestou, em vídeo que circula em aplicativo. Pela manhã, o presidente da câmara, Elbio Wolkeis e a suplente de senadora eleita, Rosana Martinelli, apoiadores de Bolsonaro, também defenderam o manifesto.
Em Sorriso, também é grande o número de sorrisenses protestando contra a vitória de Lula. Em Sorriso, Bolsonaro recebeu 74,3% dos votos e em Sinop 76,9%. No manifesto foi divulgada carta aberta sendo repudiada “a censura a nossa liberdade de expressão que impediu nossa livre manifestação durante o período eleitoral e que interferiram diretamente no resultado das eleições. Todos o cerceamento feito pelo STF que impediu a liberdade de expressão, a não divulgação de 150 mil inserções (de propaganda política de Bolsonaro) no Nordeste” e que “estes atos somados a tantos outros interferiram diretamente no resultado das eleições e não concordaremos com isso”.
Em Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Cuiabá e Várzea Grande (trevo do Lagarto) também continuam sendo feitos bloqueios sem previsão de liberação da via. Longas filas se formaram e pátios de diversos postos de combustíveis próximos as rodovias estão lotadas de carretas carregadas com diversos produtos. A Polícia Rodoviária Federal informou que, em Rondonópolis, o bloqueio é nos dois sentidos da via. Ambulâncias estão passando e em alguns locais também é liberada carga viva. Ônibus, carretas, caminhões e automóveis não passam nestes trechos.
Esta tarde, o Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso determinou à superintendência da Polícia Federal que seja instaurado inquérito policial para apurar os crimes praticados nas obstruções realizadas nas rodovias federais.
Os manifestos continuam em mais 24 Estados e além de caminhoneiros há adesão de centenas de pessoas.
De acordo com o G1, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, atendeu a um pedido da Confederação Nacional dos Transportes e do vice-procurador geral eleitoral, e determinou esta noite, que a Polícia Rodoviária Federal e e PM tomem ações imediatas para desobstrução das rodovias federais.
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