Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, autor da chacina que matou sete pessoas junto com um comparsa em um bar em Sinop, a 503 km de Cuiabá, era registrado como Colecionador, Atirador Esportivo e Caçador (CAC), desde março de 2022, de acordo com o Exército.
Ele é uma das 22.011 pessoas que conseguiram certificados CAC no último ano em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Ainda segundo o órgão, o registro de Edgar encontra-se suspenso após a chacina, com Processo Administrativo instaurado para cancelamento, conforme a legislação vigente.
Entre 2019 e 2022, período do governo de Jair Bolsonaro (PL), mais de 56 mil armas foram registradas por colecionadores, atiradores esportivos e caçadores (CAC) em MT e em MS, de acordo com dados do Exército.
No último ano, houve uma disparada, com 33.079 novas armas cadastradas, o que representa uma média de 90,6 armas por dia e aumento de 1.010,4%, comparando com dados de 2019.
Edgar foi preso na quinta-feira (23), após se entregar à Polícia Civil. O cúmplice dele, Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, morreu em confronto com a Polícia Militar, na quarta-feira (22).
A equipe do advogado Marcos Vinícius Borges, que representa Edgar, informou que o acusado não teve a intenção de matar a adolescente, que se mostra arrependido e irá arcar com as consequências jurídicas do processo.
A Justiça manteve a prisão temporária de Edgar e ele foi transferido para a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, nesta sexta-feira (24). A prisão temporária é válida por 30 dias e, após esse período, a magistrada fará uma nova análise do caso, com base nos pedidos das autoridades.
A Polícia Civil informou que Edgar tem registro por violência doméstica. Edgar tem registro como Colecionador, Atirador Esportivo e Caçador (CAC) e chegou a frequentar um clube de tiro de Sinop, mas foi desfiliado por faltas, de acordo com a Federação de Tiro de Mato Grosso (FTMT). Anteriormente, a polícia havia informado que ele frequentava um estabelecimento de Sorriso, também no norte do Estado.
Da redaçao com G1-MT