
Os ataques do exército israelense contra a Faixa de Gaza na noite de segunda-feira, 17, foram incentivados pelo governo Donald Trump. Ao menos 400 pessoas foram mortas. Estes últimos ataques contra a região foram descritos como os piores desde que o acordo de cessar-fogo entrou em vigor no dia 19 de janeiro.
De acordo com o Wall Street Journal, um oficial israelense afirmou que Trump deu “sinal verde” para os ataques contra a Faixa de Gaza depois que o Hamas não libertou os reféns conforme solicitado.
Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, confirmou em entrevista à Fox News que Trump foi “consultado pelos israelenses sobre os ataques em Gaza”.
“Como o presidente Trump deixou claro, o Hamas, os Houthis, o Irã, todos aqueles que buscam aterrorizar não apenas Israel, mas também os Estados Unidos, terão um preço a pagar. O inferno vai se soltar”, disse.
Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos já havia falado que “deixaria o inferno acontecer” caso o Hamas não liberasse todos os reféns.
Brian Hughes, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, declarou que o Hamas “poderia ter libertado todos os reféns para estender o cessar-fogo, mas em vez disso escolheu a recusa e a guerra”.
Israel Katz, ministro da Defesa de Israel, alertou que “os portões do inferno se abririam em Gaza” caso o Hamas não atendesse ao pedido. A primeira fase do acordo de cessar-fogo terminou no dia 1º de março. Desde então, ainda não ficou decidido se este será estendido para uma segunda fase.
Em contrapartida, o Hamas acusou Israel de atacar “civis indefesos” e que os mediadores da guerra devem responsabilizar Israel por violar o cessar-fogo.
A proposta dos EUA é que o acordo de cessar-fogo fosse estendidzo até abril, levando em consideração a liberação de reféns tanto por parte do Hamas, quanto de Israel. Segundo a BBC, um oficial palestino que participou das negociações informou que Israel e Hamas discordaram sobre os principais pontos do acordo.
Fonte: Terra