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Bolsonaro diz que mortes por covid-19 seriam evitadas com cloroquina

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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 5ª feira (13.ago.2020) que as mais de 100 mil mortes por covid-19 no Brasil teriam sido evitadas caso tivessem feito o tratamento com cloroquina de forma precoce. Em inauguração de obra no Pará, ele disse que enviou mais de 400 mil unidades do remédio para o Estado apesar de admitir não haver comprovação científica.

“Muitos médicos defendem esse tratamento e sabemos que mais de 100 mil pessoas morreram no Brasil que, caso tivessem sido tratadas lá atrás com esse medicamento poderiam essas vidas (sic) terem sido evitadas”, afirmou confundindo a palavra vida por mortes.

Ele também destacou que fez o tratamento e que é “prova viva” da eficácia. Bolsonaro disse ainda que os críticos da hidroxicloroquina não apresentam alternativas para o tratamento da covid-19.

O presidente defendeu o remédio também no domingo (9.ago). Falou que a hidroxicloroquina deve ser usada conforme recomendações do Conselho Federal de Medicina, que estabelece que os médicos têm autonomia para receitar o remédio.

EFICÁCIA DA CLOROQUINA
A cloroquina é 1 remédio de uso controlado que tem efeito imunomodulador, ou seja, dá resposta imune contra determinados microorganismos. É usado contra a malária, artrite reumatoide e lúpus. A droga e a hidroxicloroquina, medicação derivada da cloroquina, já foram testadas contra o coronavírus em vários países, mas não tiveram eficácia comprovada.

Em 4 de julho, a OMS (Organização Mundial da Saúde) decidiu de forma definitiva retirar a hidroxicloroquina de seus testes realizados em hospitais pelo mundo. A organização estabeleceu que o remédio só deve ser usado sob estrita supervisão médica. O produto já havia sido suspenso duas vezes depois de estudos não comprovarem o benefício do medicamento no tratamento da covid-19.

Um estudo brasileiro divulgado em 23 de julho também indicou que a medicação não apresentou “melhores resultados clínicos” na saúde de pacientes com a covid-19. A pesquisa foi desenvolvida pela coalizão formada pelos hospitais Albert Einstein, HCor e Sírio-Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa, pelo Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet).

Atualmente, no Brasil, a venda da cloroquina e da hidroxicloroquina está restrita, após determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Só pode ser feita mediante apresentação de receita branca especial em duas vias.

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