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‘Colibri’ de Arcanjo nunca deixou de funcionar em Mato Grosso mesmo com Arcanjo preso

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Investigações da Polícia Civil apontaram que a Colibri Loterias, famosa a partir dos anos de 1980 por realizar apostas do jogo do bicho, nunca deixou de funcionar, mesmo com a prisão do seu fundador e administrador, João Arcanjo, no ano de 2003.

“No período em que esteve na cadeia, o jogo do bicho continuou a ser executado, mas com outra liderança, dessa vez do Giovanni Zem Rodrigues, que é genro do Arcanjo”, disse o delegado da Delegacia Fazendária, Luiz Henrique Damasceno.

Arcanjo ficou preso por 15 anos e foi solto em fevereiro de 2018, quando passou a cumprir o regime semiaberto. Trabalhava em um estacionamento na Avenida do CPA, empresa usada para lavagem de dinheiro, como foi provado na investigação.

O delegado explicou que a participação de Arcanjo só ficou evidente após a sua saída. “Vinculamos atos e até diálogos que envolvem a administração da empresa. Cumprimos mandados de busca no local e encontramos anotações do jogo do bicho, na casa do Arcanjo também foi encontrado”, lembrou.

Damasceno destacou ainda que, apesar de a empresa estar em atividade, fazia ainda a lavagem de dinheiro. “É comum nesse tipo de crime, eles lavam os valores lícitos com os valores ilícitos, para não gerar desconfiança”.

Antigos funcionários de Arcanjo, segundo a polícia, se mostraram fieis e continuam atuando ao lado dele. No primeiro momento, foi representada pela prisão apenas dos líderes das organizações.

Contra as lideranças da Colibri pesam, além dos crimes de lavagem de dinheiro e jogo do bicho, crimes de extorsão e extorsão mediante a sequestro, registrado em Juara (709 km a Médio-Norte de Cuiabá).

“Uma concorrência seria implantada na cidade, dois homens do Arcanjo foram até o hotel, pegaram o responsável e levaram para o mato, ameaçaram, xingaram e pediram as máquinas, dizendo que era para nada de pior acontecer. Eles obrigaram o homem a não voltar para o município com aquela finalidade”, contou Damasceno.

O homem ameaçado era, na verdade, funcionário da FMC Ello, empresa liderada por Frederico Muller Coutinho.

A Ello tinha uma competição direta com a Colibri há pelo menos dois anos em todo o Estado.

Frederido foi preso no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A operação

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Púbica (Defaz) e do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), deflagraram na manhã de quarta-feira (29), a Operação Mantus.

Duas organizações criminosas envolvidas com lavagem de dinheiro e jogo do bicho foram desarticuladas, sendo elas, a Colibri e a FMC Elo.

O juiz da 7º Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu, foi o responsável por expedir 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar.

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