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Entenda como a polêmica foi de tatuagem de Anitta a shows caros de Gusttavo Lima

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A contratação de artistas com dinheiro público virou tema de debate nas redes sociais desde que Zé Neto, que faz dupla com Cristiano, citou uma tatuagem íntima de Anitta para criticar cantores que recebem recursos da Lei de Incentivo à Cultura, também conhecida como Lei Rouanet. A polêmica passou a envolver outros famosos do universo sertanejo e chegou a Gusttavo Lima, que teve expostos contratos de valores altíssimos com prefeituras para se apresentar em algumas cidades. Entenda, a seguir, detalhes de como começou essa treta e como ela se desenrolou até agora.

No dia 12 de maio, Zé Neto citou uma tatuagem íntima de Anitta para criticar artistas que recebem dinheiro por meio da Lei Rouanet. O discurso aconteceu durante um show em Mato Grosso do Sul. “Sorriso, Mato Grosso, um dos estados que sustentou o Brasil durante a pandemia”, começou o cantor. “Nós somos artistas que não dependemos de Lei Rouanet, o nosso cachê quem paga é o povo, a gente não precisa fazer tatuagem pra mostrar se a gente tá bem ou não, a gente vem simplesmente aqui e canta”, acrescentou, sem citar o nome da cantora

Fãs de Anitta saíram em defesa dela nas redes sociais e disseram que o cantor critica quem recebe recursos da Lei Rouanet, mas faz shows bancados com dinheiro de prefeituras. Pela apresentação em Sorriso, por exemplo, ele e Cristiano, com quem forma dupla, receberam R$ 400 mil

Uma semana depois do ataque feito pelo sertanejo, Anitta foi vaiada pelo público que assistia a outro show da dupla Zé Neto e Cristiano. Então, o cantor se pronunciou nas redes sociais sobre a polêmica causada por ele. “Nunca, pela vida dos meus filhos, a nossa intenção foi incitar o ódio. Isso está longe da gente e peço desculpa a quem entendeu errado. Queria repreender qualquer tipo de ódio que está sendo construído por causa de uma expressão errada que eu fiz”

Shows em que artistas são contratados por prefeituras com altos cachês são comuns entre sertanejos e cantores de outros gêneros musicais. Latino, que também fez um comentário machista sobre Anitta e sua tatuagem íntima, recebeu, em 2014, R$ 120 mil para se apresentar na Arena Agosto Show, na cidade de Lagoa Santa-MG.

A cidade de Curvelo, também no interior de Minas Gerais, planeja gastar ao menos R$ 1,4 milhão com a contratação de seis grandes nomes brasileiros que participarão do tradicional Forró de Curvelo, em julho deste ano. Léo Santana, Bruno e Marrone, Tarcísio do Acordeon, Zé Vaqueiro, Banda Saia Rodada e Falamansa vão fazer shows no evento. Apesar de gastar esse montante com o festival, o município não investiu o mínimo de 25% da receita de impostos na área da educação em 2021, como exige a Constituição.

Os holofotes dessa polêmica, porém, estão em Gusttavo Lima, pois ele tem cachês com valores exorbitantes. No dia 25 de maio, o Ministério Público de Roraima instaurou um inquérito para investigar a contratação de um show do cantor no valor de R$ 800 mil pela Prefeitura de São Luiz. Outros dois shows do cantor, em Conceição de Mato Dentro (MG) e Magé (RJ) também se tornaram alvo de investigações do Ministério Público desses estados.

Depois da abertura da investigação, o cantor se pronunciou por meio de uma nota assinada por seu advogado, Cláudio Bessas. Ele afirmou que não cabe a Gusttavo fiscalizar as contas públicas. “Toda contratação do artista por entes públicos federados são pautados (sic) na legalidade, ou seja, de acordo com o que determina a lei de licitações. Com relação à verba para realização de ‘show artístico’, cabe ao ente público federado agir com responsabilidade na sua aplicação”, diz o texto. “Qualquer ilegalidade cometida pelos entes públicos, seja na contratação de show artísticos ou qualquer outra forma de contratação com o setor privado, deverá ser fiscalizada pelo Tribunal de Contas e, se apurada qualquer ilegalidade, deverá ser encaminhada para a Justiça competente para julgar o ilícito eventualmente cometido”, finaliza.

Na seara desses acontecimentos, a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, anunciou, no sábado (28), o cancelamento de um show de Gusttavo Lima, que estava marcado para o dia 20 de junho. A apresentação deveria ocorrer durante a 30ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e custaria R$ 1,2 milhão aos cofres públicos da cidade. Também foi cancelada a apresentação de Bruno e Marrone, no valor de R$ 520 mil.

Na noite da segunda-feira (30), Gusttavo Lima fez uma live para falar sobre o assunto. Durante o vídeo, ele disse que está sofrendo perseguição e por esse motivo está “quase jogando a toalha”. O sertanejo chegou a chorar e pediu o fim das críticas feitas a ele. “Nunca pensei que ser bem-sucedido no Brasil traria tanta inveja, tanta coisa ruim. Às vezes dá vontade de sumir para ver se essa perseguição acaba. Vocês podem ter certeza que sou um cara 100% correto, 100% honesto nas minhas coisas”, disse. “Estou cansado, quase jogando a toalha. É triste ser tratado como um criminoso, um bandido, aguentando tanta gente me batendo, me esculhambando”, completou.

R7

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