O deputado federal e pré-candidato ao Senado Neri Geller (PP) avança nas negociações com a cúpula nacional do PT. O progressista confirmou que na próxima semana vai ter uma reunião em Brasília com o presidenciável Lula (PT), o vice da sua chapa e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), a colega de bancada na Câmara, Rosa Neide (PT) e o deputado estadual Valdir Barranco (PT). “A gente vai conduzindo para firmar uma aliança alinhada com a esquerda e conversando com governador Mauro Mendes”, disse Neri a jornalistas.
Nessa linha, garante que ainda “não assinou o divórcio” com o governador e que há a possibilidade de seguir na aliança. O federal diz que foi chamado por Mauro para uma conversa no Palácio Paiaguás, ontem (7), para tratar das eleições.
O progressista adianta, no entanto, que não caminhará com Mauro caso ele decida apoiar o senador Wellington Fagundes (PL), correligionário de Jair Bolsonaro (PL) que já tem chancelado espaço no palanque do União em Mato Grosso. “Se o Mauro fechar com o Wellington acabou o compromisso de qualquer possibilidade de caminhar junto com o governador”, disse Neri ao sair do encontro com o governador.
O presidente do PP em Mato Grosso ressalta que segue abrindo frentes de diálogo enquanto a situação com Mauro não se define. “Está 100% com o Mauro? Não tem isso. Está 100% fora? Também não estou ainda. Ele (Mauro) pediu alguns dias para dialogarmos um pouco mais. Não vou dizer que estou no palanque do Mauro, mas também que fechei as portas”, desconversa Neri.
E, depois, completa: “Não preciso ser adversário do Mauro para eu, por exemplo, ser candidato ao Senado desde que ele não venha contra mim. Essa posição é bem clara. A não ser que ele me empurre para fora (fechar com o PL)”.
Nesta semana, o deputado estadual Paulo Araújo (PP) garantiu que o pré-candidato ao Senado tem o aval da base para seguir com os arranjos e é apoiado por Blairo Maggi (PP), voz ativa e respeitada dentro do grupo. Segundo Neri, o senador Carlos Fávaro (PSD) também indicou que está com ele e que pactua com a construção de uma aliança para garantir o apoio de Lula. “Eles estão sabendo de todos os passos que estou dando com relação a federação. O Blairo sabe, o Fávaro sabe e está nesse projeto”, garantiu.
Além do União Brasil, Neri também aguarda o posicionamento de Carlos Bezerra, presidente do MDB em Mato Grosso e do líder do PSB, Max Russi, sigla que tem como candidata ao Senado a médica, Natasha Slhessarenko (PSB), convidada para sua primeira-suplência.
Natasha, única mulher na pré-disputa pelo Senado, se mostra resistente a recuar e aderir à chapa de Neri. Uma costura nacional, entretanto, pode mudar os rumos do projeto da médica.
Fonte: Camila Ribeiro/RD News
