Diante da pandemia causada pelo novo Coronavírus, o mundo se viu paralisado frente a uma doença desconhecida, a Covid19, infelizmente, cerca de 181.123 pessoas perderam suas vidas no Brasil, e 1.607.798 em todo o planeta, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), até o momento. Caracteristicamente os países menos desenvolvidos são os que mais sofrem as consequências e tentam se adaptar a partir desse “novo normal”.
Colapsos nas diferentes áreas da sociedade ainda acontecem e, definitivamente, em virtude de nossas frágeis políticas inclusivas e de interesse comum. O colapso na saúde é sensível e evidente, pois mais de 100 milhões de brasileiros não têm acesso à saúde de qualidade. No mundo, este número pode chegar à casa dos bilhões.
A maioria da população está desprotegida e insegura por não ter os cuidados a sua saúde assegurados no caso ou não de uma emergência. Muitos já não têm condições de custear planos de saúde ou seguros de saúde cada vez mais caros. Isso é desesperador! Sobretudo, para uma população que está envelhecendo dia após dia e sem acesso à saúde. E sobretudo, enquadrando-se no grupo de risco de diferentes doenças, inclusive da própria Covid19.
O Brasil está envelhecendo! E nesse contexto, o contingente de hipertensos, diabéticos, pessoas com catarata, glaucoma e degeneração macular também. E que é mais preocupante: todos sem acesso à saúde de qualidade e preventiva.
O resultado é medo, estresse e desconforto. De um lado profissionais da saúde sobrecarregados, na linha de frente, e do outro, pacientes aguardando em filas intermináveis.
Falta dignidade, falta respeito e faltam, sobretudo, políticas de interesse comum e resolutividade dos diferentes agravos à saúde. Diante do atual cenário, é necessário senso de urgência em superar as expectativas a todo o momento.
Corrupção, individualismo, ineficiência, ineficácia, desrespeito, indisciplina, desorganização, complacência, burocracia, complexidade, superficialidade, lentidão e descaso são adjetivos que determinam grande sofrimento, enfraquecendo a sociedade e por isso devem ser banidos com urgência.
Quando iremos nos posicionar diante dos interesses dos mais frágeis frente aos atrativos individuais? Oferecendo os melhores recursos disponíveis ao menor custo possível, buscando a perfeição e excedendo as expectativas para entregar resultados acima da média! Seguramente, este é o melhor caminho em nosso momento atual.
A vacinação já é uma realidade para o controle da pandemia, entretanto, o pós- pandemia é mais preocupante e vai exigir muito trabalho. Estejamos, todos, preparados e motivados!
Por Dr. Renan Ferreira – médico oftalmologista