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Volta da Inflação: Disparada dos preços foi a maior para o mês de outubro em 19 anos

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A inflação oficial de preços ganhou ritmo e saltou 1,25% em outubro, mostram dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se do maior avanço para o mês desde 2002.

O resultado representa uma aceleração em relação à alta de 1,16% dos preços em setembro e faz o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumular alta de 10,67% nos últimos 12 meses, resultado ainda mais próximo do triplo da meta estabelecida pelo governo para este ano, de 3,75%. Já em 2021, a inflação soma alta de 8,24%.

Mais uma vez, a gasolina (+3,1%) e as contas de luz (+1,16%) representaram os maiores impactos individuais do índice. A alta da energia elétrica ocorre em meio à manutenção da bandeira tarifária de escassez hídrica, que tem um custo adicional de R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 quilowatts consumidos, o mais alto entre todas as bandeiras.

“A alta da gasolina está relacionada aos reajustes sucessivos que têm sido aplicados no preço do combustível, nas refinarias, pela Petrobras”, explica o gerente do IPCA, Pedro Kislanov. Além da gasolina, houve aumento no preço do óleo diesel (5,77%), do etanol (3,54%) e do gás veicular (0,84%).

O gás de botijão (3,67%) subiu pelo 17º mês consecutivo em outubro, acumulando alta de 44,77% desde junho de 2020. Já as passagens aéreas ficaram 33,86% mais caras no mês. “A depreciação cambial e a alta do preço dos combustíveis, em particular do querosene de aviação, têm contribuído para o aumento das passagens aéreas”, explica Kislanov.

Outro destaque foi a aceleração dos preços do transporte por aplicativo (19,85%), que já haviam subido 9,18% em setembro. Os automóveis novos (1,77%) e usados (1,13%) também seguem em alta e acumulam, em 12 meses, variações de 12,77% e 14,71%, respectivamente.

Alimentação
Os itens do grupo alimentação e bebidas ganharam ritmo e apresentaram inflação de 1,17% no mês passado, a segunda maior contribuição no IPCA de outubro. A alta foi puxada, principalmente, pela alimentação no domicílio (+1,32%), influenciada pelos saltos no preço do tomate (26,01%) e da batata-inglesa (16,01%).

Também subiu o preço do café moído (+4,57%), do frango em pedaços (+4,34%), do queijo (+3,06%) e do frango inteiro (+2,8%). Por outro lado, recuou o preço do açaí (-8,64%), do leite longa-vida (-1,71%) e do arroz (-1,42%).

Já a alimentação fora de casa ficou 0,78% mais cara em outubro, principalmente por causa do lanche (+1,31%), que havia apresentado variação negativa no mês anterior (-0,35%). A refeição (+0,74%), por sua vez, desacelerou ante o resultado de setembro (+0,94%).

 

R7

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