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5 médicos morreram com covid-19 esta semana em Mato Grosso. Desde início da pandemia já são 19

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Cinco médicos já morreram de covid-19 esta semana em Mato Grosso, sendo que dois deles atuavam na Capital. Desde o início da pandemia já são 15 vítimas. Entre os profissionais de enfermagem, são 31 mortes.

O ginecologista e obstetra Carlos Eduardo Maciel Epaminondas, de 85 anos, um dos fundadores do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM), inscrito desde 1960, morreu na quinta-feira (03), em Cuiabá. Foram mais de 50 anos trabalhando no atendimento às gestantes no Hospital Geral de Cuiabá. Dizia que não sabia quantidade de partos que havia realizado.

Texto publicado no site Cuiabá de antigamente afirma que o médico tinha uma memória privilegiada, inclusive lembrava da data do seu primeiro plantão na maternidade do Hospital Geral, dia 20 de maio de 1960. Quando deixou o Hospital Geral, foi para o extinto Samdu (Serviço de Assistência Médica e Domiciliar de Urgência), uma espécie de SUS de hoje, onde atuava como clínico geral.

Ele chegou a ser eleito vereador em Cuiabá em 1972, como o terceiro mais votado da extinta Arena, mas renunciou um ano e dois meses depois para assumir a presidência da Turimat, a empresa de turismo do governo do Estado. Em menos de 12 meses, decidiu deixar o cargo executivo para voltar a se dedicar à medicina.

Na quarta-feira (02), morreu o oncologista Guido Vaca Cespedes, de 56 anos, em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá). Guido era inscrito no CRM desde 2006. Servidor público, atuou na linha de frente de combate à covid-19, e foi o médico responsável técnico pela criação do kit covid-19 em Sinop.

Guido era perito oficial médico legista da Perícia Oficial e Identificação Técnica, lotado na Gerência Regional de Medicina Legal de Sinop há 3 anos

O médico foi internado em um leito de UTI no dia 21 de julho e foi intubado. Foram 32 dias de luta contra a covid-19.

Também na quarta-feira (02) morreu o ginecologista e obstetra Valdir Faria Moraes, em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá). Valdir era inscrito no CRM desde 1972. Ele era considerado um dos mais tradicionais médicos de Rondonópolis. Estava intubado desde o dia 24 de agosto, após passar mal durante a hemodiálise e ter baixa de nível de consciência. Ficou, desde então, em coma induzido.

O médico atuava em Mato Grosso desde 1972. Iniciou a carreira em Dourados (MS) e em 1973 se mudou para Dom Aquino. No ano seguinte foi para Rondonópolis, onde faleceu.

Filha de Valdir, Melissa Giraldi escreveu: “Hoje perdi o amor da minha vida! O homem mais otimista e persistente que já conheci! Tudo que sou como ser humano, como médica, como mãe, como filha devo a ele. Sempre foi-me esteio, meu confidente, meu ombro amigo, carinhoso e firme, consolador e protetor. Era ele que me arrancava das “chineladas” da mãe quando criança. Foi com ele que aprendi a tocar violão, fazer serenata e apreciar cada momento de alegria da vida. Foi com meu pai que aprendi a “pensar antes de falar”. Ele dizia: Minha filha, se vai magoar o outro, fica quieta!!!! Pensaaaa antes de falar!!! Foi com ele que aprendi o prazer de cozinhar, de rir , de nunca desistir! Dizia: Se outros podem, você também pode! O que te diferencia do outro é a “bunda na cadeira, estudando”!!! Meu Porto Seguro, meu conselheiro, Meu tudo!!! Meu exemplo de humildade, humanidade e simplicidade. Minha certeza de que nada somos a não ser os momentos e amor que deixamos quando passamos por aqui. Meu amor, sei que está comigo e estará sempre! Te amo infinitamente, de ida e volta. Você sempre estará comigo, porque os grandes amores são assim, não há tempo, distância ou corpo físico que os separam. Te amo meu pai…! Meu melhor amigo! Meu tudo!”

Na terça-feira (1º) morreu o médico e professor neurologista e neurocirurgião, Alexandre da Rocha Serra. Ele atuou no Hospital Geral de Cuiabá na década de 1990 e atualmente compartilhava o seu conhecimento e experiências principalmente com os acadêmicos de Medicina.

Na segunda-feira (31/08) morreu, em Rondonópolis, a médica Izabel Cuim, de 58 anos. Ela estava internada há cerca de um mês no Hospital Santa Casa. Izabel atuava no município de Juscimeira e estava na linha de frente no combate ao novo coronavírus.

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