Em meio ao pânico global causado pela pandemia do novo coronavírus, uma boa notícia veio da China, país onde a doença surgiu em dezembro do ano passado: o país anunciou nesta quinta-feira, 12, que o pico de casos de COVID-19 já passou.
“Falando em termos gerais, o pico da epidemia passou na China”, disse Mi Feng, porta-voz da Comissão Nacional de Saúde. “O aumento de casos novos está caindo”.
Zhong Nanshan, o principal assessor médico do governo chinês, disse em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira que, contanto que os países levem os surtos a sério e estejam preparados para adotar medidas firmes, ele pode acabar em todo o mundo em questão de meses.
“Meu conselho é conclamar todos os países a seguirem as instruções da OMS (Organização Mundial da Saúde) e intervir em escala nacional”, disse. “Se todos os países se mobilizarem, pode acabar até junho”. As informações são da agência Reuters.
Enquanto na China, o número de infectados está caindo, mundo afora o número de casos confirmados do novo coronavírus está próximo de 128 mil. Até a publicação desta nota, o monitoramento feito pela Universidade Johns Hopkins mostrava 127.749 casos confirmados de COVID-19, como ficou conhecida a doença causada pelo vírus. A Itália é o segundo país mais afetado pela epidemia, com 12.462 casos, e o Irã vem em terceiro, com 10.075.
O número é diferente do divulgado pela Organização Mundial da Saúde nesta quinta-feira, 12. De acordo com a entidade, há 124.518 casos confirmados mundo afora. Os dois países mais afetados, no entanto, continuam sendo Itália e Irã. Vale notar que especialistas alertam para o fato de que os números no Irã podem estar subestimados, já que é difícil obter informações oficiais sobre a situação no país, um dos mais fechados do mundo.