Home Política Dilmar Dal Bosco pede que Gaeco devolva R$ 150 mil apreendidos em sua casa

Dilmar Dal Bosco pede que Gaeco devolva R$ 150 mil apreendidos em sua casa

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Investigado pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco Criminal) e pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) busca na Justiça a devolução de R$ 150 mil apreendidos em sua residência.

Dilmar foi um dos alvos da 3ª fase da Operação Rota Final, em maio, que apura um esquema que tentou barrar e fraudar licitações no sistema de transporte intermunicipal. “Dinheiro com nota fiscal. É meu o dinheiro, tudo comprovado, está lá para ser analisado, com nota fiscal. Não era objeto da operação. Eu fiz a solicitação, agora estava lá com nota fiscal. R$ 150 mil, uma venda de trator de esteira, comprovado, com nota fiscal justificada”, disse o parlamentar.

Dal Bosco nega as acusações de que agia em defesa das empresas que buscavam o monopólio do setor no Estado, e que as investigações ocorre por ‘suposições’, e que sua família foi atacada com a sua exposição.

“É a mesma coisa quando vai [me investigar] porque diz que me viu almoçando em um restaurante em Ipiranga do Norte, e agora arquiva. Então as coisas são difíceis, hoje tudo é o contrário. Eu acho que antes das suposições, deveriam chamar  para ver o que tem de verdade ou não, e saber separar o que é o público e o que é privado. Privado é uma coisa e público é outra. As licitações nunca pararam, todas elas continuaram, o processo continuou, tanto que o Estado agora suspendeu. Suspendeu por quê? Tem alguma coisa irregular, alguma coisa errada? Não tem nada, tudo aconteceu normal”, explicou.

Além de Dal Bosco, o ex-deputado Pedro Satélite também é investigado juntamente com outros empresários. Segundo o MP os dois agiam dentro da Comissão para discutir a licitação, para defender os interesses das empresas em troca de propina.

“Eu acredito no seguinte: daqui alguns dias nós não vamos poder mais ser parlamentar, não vamos poder ser legislador. Proposituras são apresentadas todos os dias dentro do Parlamento, e muitas delas são inconstitucionais, como essa própria PEC. É o direito de cada um definir, ter uma defesa. Chegam lá dentro da Assembleia problemas de vários setores segmentados. E aí você tem que trabalhar por isso. Por atacadistas que estão hoje perdendo competitividade no diferencial tributário, os frigoríficos estão tendo muita dificuldade hoje de se manter na alíquota do ICMS que tem, setor de farmácia com muita dificuldade. Dentro da Assembleia aparecem todos os pedidos, e aí você defende aquilo que acha que está certo”, completou.

Investigação  

Dilmar Dal Bosco (DEM) supostamente recebeu mais de R$ 1,3 milhão entre propinas e vantagens indevidas para “barrar” a realização de uma nova licitação no sistema intermunicipal de transportes. Foram reunidas provas de pagamentos, que incluem canhotos de cheques, mostrando que Dilmar recebeu entre 2014 e 2017  R$ 512,6 mil em propina. Além disso, o dono da Verde Transportes, Éder Pinheiro, pagou ao parlamentar R$ 150 mil em 15 parcelas de R$ 10 mil.

Segundo as investigações, Dilmar também recebeu entre 2012 e 2018 passagens de cortesia da Verde Transportes no valor de R$ 313,3 mil. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setromat), através do presidente Júlio César de Sales Lima repassou mais R$ 472,5 mil ao deputado.

Pablo Rodrigo/Gazeta Digital

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