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Enquanto presidente se recusa a tomar vacina, ministério da saúde vai gastar com campanha para convencer população a tomar

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O governo federal vai investir em uma campanha publicitária para convencer os brasileiros da importância e da segurança das vacinas a serem usadas contra a Covid-19 no país, ao mesmo tempo em que o presidente Jair Bolsonaro se recusa publicamente a tomar o imunizante, quando estiver disponível.

Plano de vacinação apresentado nesta quarta-feira pelo governo prevê uma campanha publicitária em duas fases. A primeira sobre o processo de produção e aprovação das vacinas, “com vistas a dar segurança à população em relação a eficácia do(s) imunizante(s) que o país vier a utilizar, bem como da sua capacidade operacional de distribuição.”

A segunda fase será para informar a população sobre a importância da vacinação e também sobre públicos prioritários, locais de vacinação, etc, a ser feita assim que houver a definição dos medicamentos a serem usados.

Segundo o plano de governo, a campanha tem “o objetivo de quebrar crenças negativas contra a vacina, alcançando assim os resultados e metas almejadas.”

Um dia antes do governo apresentar o plano, Bolsonaro afirmou, com ênfase, que não vai se vacinar. “Eu não vou tomar vacina e ponto final. Minha vida está em risco? O problema é meu”, disse o presidente, que já teve Covid-19, em entrevista à TV Band.

Especialistas apontam que é preciso entre 70% e 80% da população imunizada para garantir a chamada imunidade de rebanho, que reduz a circulação do vírus e ajuda a proteger aqueles que não podem, por algum motivo, se vacinar.

No caso da Covid-19, as vacinas já irão deixar de fora, inicialmente, a população abaixo de 16 anos, já que nenhum dos imunizantes desenvolvidos até agora foi testado em crianças e adolescentes. Com isso, aumenta o percentual de adultos que precisa ser vacinado para que o país ganhe um nível de proteção.

No entanto, a última pesquisa Datafolha mostrou que vem caindo a disposição dos brasileiros em se vacinar. Em agosto, 89% dos brasileiros estavam dispostos a se vacinar. Em dezembro, esse número caiu para 73%. Ao mesmo tempo, 22% dos entrevistados agora disseram que não querem tomar vacina, enquanto há quatro meses eram 9%.

Entre os apoiadores do presidente, a parcela dos que não querem se vacinar sobe para 30%.

A campanha planejada pelo governo mostra, entre as mensagens centrais, que o programa nacional de vacinação do país tem mais de 50 anos de atuação e trabalha com vacinas eficazes e seguras. Também vai reforçar que a vacinação é necessária para reduzir a circulação do vírus e proteger os mais vulneráveis.

Os slogans da campanha, de acordo com o plano do governo, serão “Brasil Imunizado, somos uma só nação”, “Vacina Segura – É o Governo Federal cuidando dos brasileiros” e “A vacina é um direito seu. Cuidar de você é Dever nosso!”

Além da campanha, a estratégia de comunicação do ministério prevê “monitoramento de redes sociais para esclarecer rumores, boatos e informações equivocadas” que podem levar pessoas a evitar se vacinar.

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