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Servidores da educação realizam ato público contra arrocho salarial em MT nesta quarta dia 28

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Caravanas do Sindicato dos Trabalhadores na Educação de Mato Grosso (Sintep-MT) reunirá profissionais da educação de todo o estado para Ato Público, nesta quarta-feira (28/09), a partir das 14 horas, em Cuiabá, na Praça do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Centro Político Administrativo (CPA), em frente ao Shopping Pantanal. Esta será a quarta paralisação realizada pelos trabalhadores da educação da rede estadual nos últimos seis meses (1º/04; 16/05; 22/06; e, 28/09), pelo descaso da carreira e desvalorização salarial.

As mobilizações dos profissionais da educação estadual têm sido recorrentes, dado a sequência de calotes que a categoria soma nos últimos quatro anos da gestão Mauro Mendes. Com o tema “A Educação vai parar contra o arrocho salarial”, os profissionais saem para as ruas para evidenciar à população os prejuízos financeiros e educacionais que o atual governo trouxe para a educação pública de Mato Grosso.

As perdas salariais desvalorizam a carreira da educação e as funções dos profissionais no ambiente escolar. Atualmente, o Piso Salarial Profissional Nacional é de 3.845,63, e o governo de Mato Grosso paga o valor de R$ 3.164,76, 21,52% menor do que o estabelecido pela Lei 11.738/2008.

Para além do arrocho no piso salarial, o governo tem promovido um calote recorrente na Revisão Geral Anual (RGA). A RGA nada mais é do que a correção inflacionária sobre os salários, de um ano para outro. Desde 2019, a atual gestão estadual ignora as perdas salariais provocadas pela inflação.  Em 2020, a inflação de 4, 52%, o governo repassou 2%. Em 2021, numa inflação de 10,16%, foi repassado apenas 7%. Ou seja, a soma dos dois repasses sequer cobriu as perdas de um ano (2021). Em 2019 e 2020, os salários dos educadores ficaram congelados.

A mobilização ainda destacará o impacto de todas essas perdas sobre as aposentadorias. Os aposentados da educação, além da desvalorização salarial sofrem com o confisco implementado em 2020, com a Reforma da Previdência de Mauro Mendes. O governo apresentou e a maioria dos parlamentares da Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou, o saque de 14% dos benefícios de aposentados e pensionistas do estado.

Segundo o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, os impactos dos quatro anos de governo Mauro Mendes não recairão apenas na desvalorização dos trabalhadores da educação, mas também repercutirá em toda uma geração de estudantes da rede pública mato-grossense.

O presidente Valdeir Pereira cita algumas das mazelas na Educação promovidas pelo atual gestor, como: ausência material pedagógico, tecnológico, conectividade na pandemia; falta de planejamento para reformas das escolas; a não contratação de profissionais para reforço da aprendizagem, no pós-pandemia; prefeiturização de matrículas; gastos com material apostilado; ausência de política de formação profissional para funcionários de escola; terceirização de contratos; desrespeito à Lei de Gestão Democrática “Todas medidas que terão um custo social e contra as quais o Sintep-MT vem fazendo o enfrentamento”, finaliza o presidente.

Redação

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