O general de divisão e diretor de Planejamento Estratégico da Aviação venezuelana, Francisco Esteban Yánez RodrÃguez, reconheceu, em um vÃdeo divulgado neste sábado (2), o chefe do Parlamento, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela, depois da autoproclamação em 23 de janeiro.
“Me dirijo aos senhores para informar que desconheço a autoridade Ãrrita e ditatorial de Nicolás Maduro e reconheço o deputado Juan Guaidó como presidente interino da República Bolivariana da Venezuela”, disse Yánez RodrÃguez no vÃdeo compartilhado pelo deputado da oposição Luis Florido.
O general que ainda aparece na página da Aviação venezuelana como diretor de Planejamento afirmou também que a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) recebe “infinitas ameaças” para não se pronunciar a favor do deputado Guaidó.
“Povo da Venezuela, 90% da Força Armada Nacional Bolivariana não está com o ditador, está com o povo da Venezuela. Pelos acontecimentos das últimas horas, a democracia é iminente”, acrescentou.
Yánez RodrÃguez pediu para os demais militares apoiarem Guaidó como presidente e pediu para não “reprimirem” os venezuelanos. Além disso, convidou a população para se manifestar de forma pacÃfica e defender Guaidó no dia no qual a oposição convocou um protesto para pedir o apoio da União Europeia (UE) e agradecer o respaldo do Parlamento Europeu.
Neste sábado também sairão à s ruas os simpatizantes do chavismo para comemorar os 20 anos da posse do falecido presidente e lÃder da chamada revolução bolivariana, Hugo Chávez. As manifestações não devem se encontrar, já que a oposição convocou a sua concentração no leste e os chavistas estarão no centro de Caracas.
Em 21 de janeiro, cerca de 30 militares da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) se revoltaram contra o governo de Nicolás Maduro, em um bairro da Caracas.
O fato aconteceu depois de o Parlamento, majoritariamente da oposição, aprovar um decreto de lei que promete anistia para todos os funcionários civis e militares que não reconheçam Maduro e contribuam para restabelecer o fio democrático, que eles defendem estar partido. Este foi o recurso utilizado por Guaidó para pedir apoio das Forças Armadas.