O presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Geraldo Gilberto Gilraldeli, disse que a realização das eleições em outubro ainda está indefinida e depende do comportamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Entretanto, sem essa definição, segue mantido o calendário com o pleito no dia 4 de outubro (1° turno) e 25 de outubro (2° turno do pleito). O presidente foi o primeiro entrevistado do quadro Live GD, nesta quinta-feira (4), nas redes sociais.
Mesmo com o calendário mantido até o momento, o presidente não descarta a realização do pleito somente em dezembro deste ano, a depender do avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Giraldeli destacou aos jornalistas Jéssica Bachega e Pablo Rodrigo que ainda este mês o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá um posicionamento sobre a questão. Podendo o pleito ser realizado mesmo em outubro, como previsto, novembro ou dezembro. O presidente disse que o TSE vai ouvir a Vigilância Sanitária do país sobre a situação da pandemia no país.
Por questões de economia para o país, Giraldeli defende que o pleito para o senado ocorra junto com as eleições municipais, ou seja, o cidadão terá que votar para vereador, prefeito e para senador, já que a senadora Selma Arruda (Podemos) teve seu mandato cassado e Carlos Fávaro (PSD) ocupa temporariamente à vaga no Senado Federal. Segundo ele, o gasto seria de R$ 12 milhões a R$ 14 milhões.
Medidas de higiene
Segundo ele, há toda uma preocupação com o distancimento entre os eleitores na votação, o uso de máscaras e de álcool em gel por todos e medidas de contenção para evitar aglomeração.
Outro caso é quanto a biometria do eleitor, segundo ele, o TSE deve liberar no sentido de liberar essa biometria e fazer como antes, assinatura como comprovante votação como medida de higiene para que todo mundo não toque no mesmo lugar. Destacou que até a necessidade de que cada eleitor compareça com sua própria caneta está sendo estudada.
Campanha eleitoral
O presidente destacou que é preciso trabalhar como uma nova forma de fazer campanha eleitoral. Lembra que os candidatos e os partidos políticos precisam entender o momento que estamos passando e se preocupar com a saúde. “A população tem que entender isso e ver com bons olhos os candidatos que se adequam a esse novo sistema”, destacou.
Cadastro eleitoral
O desembargador destacou que 264 mil eleitores estão com os títulos cancelados em Mato Grosso. Segundo ele, o número era bem maior, mas os eleitores buscaram o TRE e foram atendidos, mesmo em momento de pandemia, através de atendimento virtual e conseguiram regularizar sua situação.