De acordo com o Ministério Público, a ordem é cumprida nesta manhã, com apreensão de vários veículos de luxo, duas aeronaves, diversos imóveis e ainda bloqueio de contas bancárias. A medida é necessária, segundo a instituição, para garantir o ressarcimento do prejuízo acarretado pelas práticas dos crimes.
Ao todo, além dos dois parlamentares, mais de 20 pessoas são investigadas na operação, dentre eles empresários e assessores parlamentares. A casa de uma servidora, localizada no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá, foi, inclusive, alvo de mandado de busca e apreensão nesta terceira fase da Operação.
Por sua vez, o presidente do Sindicato dos Empresários do Setor de Transporte Intermunicipal de Passageiros (Setromat) também foi alvo da operação e deverá ser monitorado por tornozeleira eletrônica. Ele também está proibido de sair do estado, frequentar alguns órgãos públicos e manter contato com outros investigados.
Rota Final
As investigações da Operação Rota Final, deflagrada inicialmente em 2018, iniciaram após denúncia anônima de suspeita de fraude na licitação do transporte intermunicipal, que funcionava de forma precária havia anos.
Em 2017 o governo Estadual lançou uma concorrência pública para nova concessão de linhas de ônibus do sistema de transporte de passageiros, mas as empresas que já operavam em Mato Grosso teriam tentado fraudar o processo.
No caso dos dois parlamentares, as investigações apontaram que eles tentaram usar da influência política para ajudar a esse grupo de empresários.