A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, na quinta-feira, 8 de setembro de 2022, o 12º Levantamento da Safra de Grãos, onde foi estimada em 271,2 milhões de toneladas a produção de grãos no Brasil.
Quando comparada com a safra anterior, ou seja, a colheita realizada em 2020/21, ocorreu um aumento de 14,5 milhões de toneladas. “Apesar de que, em algumas áreas produtoras, principalmente nos estados do Sul do Brasil, tenham experimentado condições climáticas severas, esta é a maior safra da série de grãos da história do país”, destacou ao site oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Guilherme Ribeiro, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento.
O principal item cultivado, a soja, é marcado por altas temperaturas em importantes áreas produtoras nos estados do Paraná, Santa Catarina e partes do Mato Grosso do Sul. Esta condição climática desfavorável teve um forte conflito nos rendimentos, impactando a queda na produção. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a queda foi de mais de 50%. Neste caso, a colheita de grãos do Brasil está avaliada em 125,6 milhões de toneladas, cerca de 10 por cento menos do que em 2020/21.
Para o milho, a produção total se recuperou, com uma colheita avaliada de 113,2 milhões de toneladas, 30% acima do mesmo período do ano passado.
Ao mesmo tempo, em que a produção da primeira safra ficou estável em 24,9 milhões de toneladas, recuperou cerca de 41,8% para uma estimativa de 86,1 milhões de toneladas na segunda temporada devido às condições climáticas adversas, principalmente, nos estados do Sul.
Os efeitos não melhoraram devido à falta de chuva nos estados de Goiás, São Paulo e Minas Gerais. Nestes estados, além da seca, há relatos das cigarrinhas nas lavouras atacando lavouras, praga também afetando a produtividade no estado do Paraná. “Há duas temporadas, havia registros de cigarrinhas em regiões de clima frio. Desde então, as pragas têm aparecido com mais frequência. Para a safra 2022/23, os produtores precisam ficar atentos ao surgimento desse vetor para melhor controlá-lo”, disse ao site oficial do Mapa Sergio De Zen, diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab.
Outro produto relevante, o algodão, cuja produção foi parcialmente afetada por conta do estresse hídrico em algumas lavouras, a qualidade da pluma, cuja produção está avaliada em 2,55 milhões de toneladas, é muito boa devido ao clima. Por outro lado, a falta de chuvas favorece o andamento da safra, que deve terminar em setembro.
Destaca-se igualmente o sorgo, que foi produzido com um recorde de 2,85 milhões de toneladas, um aumento de 36,9 por cento em relação ao ano anterior, impulsionado especialmente pelos preços do milho.
Por outro lado, os agricultores de feijão enfrentaram problemas climáticos nas três safras. Mesmo assim, a produção está avaliada em cerca de 3 milhões de toneladas, o suficiente para atender o abastecimento do Brasil. Já o arroz, a colheita total está avaliada em 10,8 milhões de toneladas, abaixo da safra anterior, devido a plantios menores e menor produtividade média em todo o Brasil, mesmo assim, uma produção será capaz de atender as necessidades internas do país.
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