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Mato Grosso registra quase 600 focos de queimadas em uma semana. Juara lidera

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Dados de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registraram 583 focos de queimadas no estado de Mato Grosso entre a última quinta-feira (27.06) e hoje (04.07). Durante esse período, nenhuma outra unidade da federação enfrentou tantas ocorrências de fogo quanto Mato Grosso. Especialistas apontam que neste ano os incêndios tiveram início antes do previsto e a tendência é que a situação se agrave.

Conforme os registros, depois de Mato Grosso, os estados que mais tiveram focos de queimadas foram Tocantins (436F), Maranhão (392F), Mato Grosso do Sul (337F) e Pará (216F). Nacionalmente, o bioma que mais sofreu foi o Cerrado, seguido da Amazônia e do Pantanal. Os dados ainda apontam que a Terra Indígena (TI) em que mais teve ocorrências no período foi a do Pareci (45F), localizada na região oeste de Mato Grosso.

No estado, os municípios com mais registros nos últimos dias foram Juara (45 focos, 7,7%), Tangará da Serra (45 focos, 7,7%), Poconé (35 focos, 6,0%), Marcelândia (28 focos, 4,8%), Porto dos Gaúchos (25 focos, 4,3%), Campinápolis (22 focos, 3,8%), Gaúcha do Norte (22 focos, 3,8%), Nova Maringá (22 focos, 3,8%), Nova Nazaré (22 focos, 3,8%) e Querência (21 focos, 3,6%). A maior parte está localizada no bioma amazônico, que o com maior número de registros em Mato Grosso.

Uma pesquisa publicada na última semana pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) revela um aumento gradual no número de queimadas na Amazônia desde o último ano. Conforme o estudo, a área de florestas queimadas aumentou 123%, passando de 1,3 milhão de hectares em 2022 para 3 milhões em 2023. Além disso, os campos naturais, que incluem campos alagados, campinaranas e lavrados, registraram um aumento de 93% nas áreas afetadas pelo fogo, saltando de 2,3 milhões de hectares para 4,5 milhões.

A forma como o fogo tem se alastrado no Pantanal também tem causado grande preocupação neste ano. Em Mato Grosso, foram 36 focos na última semana, com quase todos concentrados em Poconé. Neste ano, os incêndios tiveram início antes do previsto e a tendência é que a situação se agrave.

Dados baseados em análises do European Centre for Medium-Range Weather Forecasts – ECMWF apontam que se as condições climáticas atuais se mantiverem nos próximos meses, a probabilidade de que se ultrapasse o número de 2 milhões de hectares consumidos pelo fogo em todo o Pantanal até o final do ano é de 92% e de passar de 3 milhões, é de 80%.

Fonte: PNB Online

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