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MPF investiga R$ 10 mi em emendas destinadas por congressitas de MT

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Ministério Público Federal (MPF) instaurou investigações  sobre emendas PIX destinadas para municípios de Mato Grosso que totalizam pelo menos R$ 10,5 milhões   Os procedimentos investigativos buscam  identificar irregularidades nos repasses destinados pelos congressistas,   garantindo  aplicação adequada  dos recursos públicos.

A  modalidade chamada de emenda PIX,  estabelecida pela Emenda Constitucional  105/2019,   permite o envio direto de verbas aos entes federativos sem a necessidade de convênios ou projetos específicos. Segundo a Procuradoria- Geral da República (PGR), isso  favorece práticas de corrupção e dificulta a fiscalização por órgãos como Tribunal de Contas da União (TCU).

No entanto, entrou em vigor no final do mês de novembro a Lei Complementar 210/2024. O texto torna mais transparente as regras para a proposição e execução das emendas feitas por deputados federais e senadores na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025.

Entre os congressistas de Mato Grosso com emendas PIX sobre investigação está Coronel Fernanda (PL) com R$ 2,2 milhões destinados para três municípios, sendo eles Cocalinho, Chapada dos Guimarães e Alto Boa Vista.Já o senador Jayme Campos (União Brasil) destinou  R$ 4,6 milhões, contemplando Querência,   Nova Bandeirantes, Aripuanã   e Cáceres.

O deputado federal Coronel Assis (União Brasil) fez a destinação de R$ 1,4 milhão para Várzea Grande.   E odeputado federal  Emanuelzinho (MDB) destinou R$ 1 milhão em emenda Pix  para Pontal do Araguaia.

O MPF também investiga  destinação de emenda PIX para outros municípios. A lista inclui  Alto Paraguai, Araguaiana, Brasnorte, Feliz Natal  Ipiranga do Norte, Nova Olímpia, Planalto da Serra, Porto Estrela, Rondonópolis, Sinop e Tesouro.

Novas regras 

Entrou em vigor no final do mês de novembro a Lei Complementar 210/2024. O texto torna mais transparente as regras para a proposição e execução das emendas feitas por deputados federais e senadores na LOA de 2025. A nova lei foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República Lula (PT) após intervenção do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, que chegou a bloquear a destinação das emendas por falta de transparência e rastreabilidade.

Agora, as emendas deverão destinar recursos a projetos e ações estruturantes para a unidade federativa representada pela bancada. O texto deixa claro que é vedada a individualização de ações e projetos para demandas individuais dos seus membros.

Jacques Gosch/RD News

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