De acordo com informações divulgadas pelo jornal britânico The Guardian, na próxima semana, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) irá avaliar entre seus membros uma reforma relacionada à moratória da soja.
“A associação está propondo uma mudança na forma como a moratória é monitorada. Em vez de avaliar uma fazenda inteira, ela divide a análise para o nível de campos individuais, o que permitiria aos produtores escolher quais áreas de suas terras estão em conformidade” destaca a publicação.
Em resposta, a Abiove afirmou que “apesar de todas as pressões de diferentes partes interessadas, em todos os fóruns, a Abiove e seus membros mantêm a defesa da Moratória da Amazônia, esforçando-se para atender às demandas tanto de agricultores quanto de consumidores, inclusive propondo algumas atualizações ao modelo atual”.
No último mês de outubro, o estado de Mato Grosso já havia realizado um movimento em oposição às empresas que aderem à moratória, quando a Assembleia Legislativa mato-grossense provou um projeto de lei, o qual foi sancionado pelo governador e publicado no Diário Oficial, estabelecendo a retirada de incentivos fiscais para as empresas que aplicam a Moratória da Soja ou outros acordos comerciais que sobreponham a legislação nacional, a Constituição Federal ou o Código Florestal Brasileiro.
“No bioma Amazônico, o proprietário de terras pode usar apenas 20% da área, sendo obrigatório preservar os 80% restantes. A maioria dos produtores apoia a aplicação da lei, reconhecendo que o desmatamento ilegal prejudica o meio ambiente, a imagem do país e do estado, e impacta negativamente o agronegócio”, havia declarado o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, na época da sanção.